domingo, 28 de agosto de 2011

Deu-me para me armar em pensadora

Bem que às vezes, fechar o nosso coração numa lata e arrumá-lo no fundo do armário podia dar jeito e há muito boa gente a conseguir fazê-lo...


Que seria da vida sem emoções? 
Eu, sentimental como sou, nem a consigo conceber de tal forma.
Sou alguém que vive pelas emoções, pelo que sinto, que sigo muito o que me diz o coração (se calhar até demais), que ajo e falo por impulso ...e isso não é racional, é emocional.
Consigo ser racional e camuflar o que sinto se quiser. Mas não é sempre e não são todos os sentimentos ou todas as emoções. Há coisas que sentimos bem mais fortes que a força que temos no corpo e com as quais não podemos medir forças ou poder.
Pelo menos, eu, sou assim!


Seria, talvez, muito mais fácil e menos doloroso viver sem ouvir o que nos diz o coração, o que sentimos. Provavelmente não nos magoaríamos porque não nos exponhamos, não sofreríamos por sentir porque nem a isso nos permitiríamos. Mas, vendo bem, o que seria, nesse caso, viver? Que cor teria a nossa existência sem nenhum tipo de emoção, de sentir?
Eu permito-me sentir porque não sei ser de outra forma.
Em mim, manda muito mais o coração do que a razão.
Sempre foi assim e sempre será. 
Existem arestas que posso limar e que já limei. Já me deixei levar apenas e só pelo que sentia ou pela intuição, pelo que o peito me gritava...sem pensar duas vezes, inconsequentemente, completamente ingénua e imprudente. Hoje já não é bem assim, não é sempre assim. Há coisas que não mudam, outras que não conseguimos sequer controlar ou domar mas há outras que, aqui e ali, com o passar do tempo, com o que nos acontece e vamos vivendo, se conseguem alterar ou ter outro tipo de controlo. Se calhar chama-se, também, maturidade e experiência de vida - o que nos trazem as vivências.
Mas eu, apesar de conseguir muitas vezes, hoje em dia, equilibrar o que sinto (coração) com o que sei/penso (razão), não conseguiria nunca, calar o coração e funcionar só com a cabeça. Não sou assim e nem consigo ser. Mais do que isso, acho que não DEVO ser assim porque não me parece que seja isso que se considere VIVER verdadeiramente. 


O sentimento e a emoção dão cor à vida, fazem-nos chorar, fazem-nos sofrer e magoar, lamentar-nos mas também nos dão muitos motivos para sorrir, ensinam-nos a amar, a conhecer e fazem-nos crescer e poder ser melhores pessoas.

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