quinta-feira, 8 de março de 2012

O meu aniversário (de quatro dias)

Pois é, acabei por não ter tempo para vos contar antes mas cá vai, antes tarde do que nunca...

Este foi um dos melhores aniversários que tive, em anos. Não me lembro do último em que me diverti tanto, em que pude estar com as pessoas que me são importantes e aproveitar ao máximo sem a pressão de responsabilidades (exames e tudo mais, o ano passado tive exame no dia de aniversario e no dia seguinte). À parte de não poder ter estado com a minha família, consegui reunir um grupo de amigos que têm vindo a ganhar importância na minha vida de há algum tempo para cá.

O G. começou por me surpreender com um belo bolo brigadeiro, rodeado de pequenas velas (que formavam um coração) e com uma carta, rebuçados, doces e mimos pouco depois da meia noite. Ele passou comigo a noite para eu não ficar só e, quando estávamos a chegar, pediu-me que tentasse eu arranjar lugar para estacionar enquanto ele entrava com os mil e um sacos com que sempre andamos no carro. Ate porque tínhamos ido às compras para o jantar que organizei no dia seguinte… regressámos a casa tarde porque tínhamos ido buscar a play station que tínhamos pedido emprestada para a noite seguinte. Normalmente é ele quem vai procurar lugar e eu vou entrando em casa. Quando me pediu que fosse eu daquela vez achei justo mas estava exausta e só queria arranjar um lugar rapidamente e poder descansar no quentinho de casa. Pensei que ia passar a meia noite em casa sossegada mas não. Estava a procura de lugar há uns 10min e aquilo não me agradou muito. Acabei por parar mal o carro e entrar em casa mesmo assim… Ele recebeu-me e conduziu-me à sala. Quando vi o que me tinha preparado percebi. Desculpou-se por ter-me feito estar fora de casa em busca de lugar sabendo que eu estava cansada e era meia-noite mas que tinha sido a única forma de conseguir preparar a surpresa. Eu adorei, é mesmo um homem fantástico e como não há igual… Tive a sorte de o ter a meu lado naquela altura porque não recebi mensagens nem chamadas de ninguém àquela hora e, por mais parvo que possa ser, aquilo deixou-me triste pois fez-me pensar que não me queriam assim tanto bem, mesmo os mais chegados. Deitei-me com uma sensação estranha de tristeza, mesmo tendo a companhia daquele que tem sido o meu companheiro de sempre e de tudo.

O dia de aniversário foi passado sob alguma pressão. Coincidiu com uma greve de transportes e, por isso, Lisboa estava um autêntico caos. Eu passei-me um bocado.
Fiquei na cama um pouquinho mais depois do G. sair para o trabalho. Ele regressou quase à hora de almoço – com mais uma carta e uma flor de parabéns – e saímos juntos porque não tinha mais aulas. Andámos de um lado para o outro, sempre a correr, porque tínhamos mil e uma coisas para fazer e tratar para a festa.

Eu tentei encontrar um cabeleireiro que não me cobrasse os olhos da cara para cortar umas pontas e foi um verdadeiro desafio. Quando encontrei um bem acessível marcaram-me para uma hora e quando cheguei lá disseram que só podiam mais tarde. Tentei ir a outro porque não fiquei nada contente com a atitude mas queriam-me mais de 30€ e eu recusei-me. Lá fui ao primeiro, mais tarde como eles queriam. Quando sai fui tentar desencantar umas pinturas para completar o meu disfarce para a festa que os meus queridos amigos do BA organizaram – um lanche ajantarado no qual todos deviam ter um disfarce, uma cabeleira, uma roupa engraçada, enfim…já a entrar no espírito carnavalesco…
Só tive tempo de ir ao chinês mais próximo, ajudar o G. a arranjar alguma coisa e seguimos para o local da festa porque devíamos decorá-lo, preparar as mesas (com a comida e bebida) e o sistema de som. À última da hora, depois de termos falado com uns amigos do G. para virem lá tocarem e cantarem alguns não puderam e quase não tivemos música ao vivo mas felizmente conseguimos dar a volta à situação – no final, não eram muitos mas eram MUITO bons e eu adorei! Fiquei mesmo feliz por terem ido.
Aos poucos foram chegando os amigos para a festa. Cada um com o seu disfarce, mais ou menos elaborado, sempre divertido. Cada um que chegava me aquecia o coração e soube tão mas tão bem ter por perto aqueles que me acarinharam como se fossem a minha família…!
Foi um fim de tarde fantástico e um início de noite que adorei. Quando regressámos a casa (eu e o G. que passou os dias todos comigo lá), foi também a MJ e o A (que ficaram lá o fim de semana connosco) e o Chico (gato) como não podia deixar de ser! A seguir às surpresas do G., a primeira prenda foi da MJ, que eu adorei – é uma mala que é a minha cara, linda mesmo, fiquei radiante!
Estávamos exaustos, comemos qualquer coisa e fomos deitar.

No dia seguinte eu tinha de preparar o jantar: limpar a casa, ir buscar as cadeiras que tinha pedido emprestadas para poder sentar toda a gente, fazer compras, cozinhar, fazer entradas e organizar a casa de modo funcional para tanta gente, comida e bebida misturados.
O G. foi trabalhar e eu fiquei por minha conta grande parte do dia. A parte da manhã ainda foi comigo às compras pois entrava mais tarde do que o normal; quando estive só fui adiantando as entradas e aperitivos, arrumando alguma coisa, comprando o que faltava aqui e ali em redor de casa…enfim, não me sobrou tempo livre. O G. saiu as 16h e a essa hora apanhou-me, eu fui pô-lo a casa dele onde ficou a fazer as sobremesas, fiquei eu com o carro (pela primeira vez tive de me desenrascar sozinha, a conduzir em Lisboa, em plena luz do dia, numa sexta feira, sem ninguém ao meu lado). Ainda fui buscar ingredientes para cozinhar, felizmente encontrei estacionamento mesmo em frente de casa e dediquei-me a cozinhar. Tive de reorganizar contas e falar com todos os convidados a confirmar porque houve quem, à última da hora, não aparecesse. Das 16h às 19h fui por o G. a casa, buscar as cadeiras, limpei a casa (T4), arrumei as coisas, preparei o jantar e entretanto a MJ e o A chegaram e eu fui buscar o G. e as sobremesas a casa dele. Antes de regressar tínhamos de ir buscar algumas bebidas, o bolo, os frangos que tínhamos encomendado no Pingo Doce e regressar. O G. ofereceu-me um bolo de aniversário para a festa (outro!) - desta vez com amêndoas de que gosto tanto! Às 19.30h começaram a chegar convidados e quem me valeu foi a MJ que orientou tudo e recebeu-os na minha ausência… Fomos buscar os frangos e, qual não é o nosso espanto quando nos dizem que os tinham vendido e que já não faziam mais!!! E quase às 20h com as pessoas em casa, numa sexta feira à noite, não tínhamos onde desencantar comida! (P.s. O jantar teve dois pratos, um cozinhei eu e outro era o típico frango assado com batatas fritas). Lá conseguimos arranjar frangos perto de casa mas pagámos bem mais do que no PD como é óbvio.

Outros pequenos contratempos como enganos (dos convidados) no caminho, eu não ter sequer mudado de roupa, estar com uma carga de nervos descomunal, a stressar como uma doida e tudo mais penso que fazem parte do risco que é sermos nós a organizarmos as coisas, por nossa conta e à nossa responsabilidade.
Fora isso e com o aparte que atrasei tudo, a festa esteve animada, diverti-me e fiquei muito feliz por ter tido a companhia daqueles que me são mais próximos. Que tenham todos gostado tanto como eu!!!
A festa acabou por volta da meia-noite. Não se jogou poker nem se cantou sing star como previsto mas pronto. Regressaram alguns a casa, outros foram sair e restámos os quatro e o Chico. Pouco depois fomos para a cama.

O sábado foi para dormir ate tarde, sem horas nem limites. Comemos tarde, um pequeno almoço que era quase almoço, arrumámos o que restava da noite anterior (que não era muito devido à ajuda dos convidados!)…e quando nos despachámos eram 17h. Fomos devolver as cadeiras e eu e o G. fomos dar uma volta ao centro comercial. Fomos a casa jantar e saímos para ir ter com a MJ e o A ao Bairro. Fomos passear, ouvir música, beber um copo. Não queríamos regressar tarde mas acabámos por nos deitar depois das 2h…


No domingo custou levantar cedo mas eu e o G. tínhamos combinado que íamos a Sintra passear e aproveitar para visitar alguns dos locais turísticos – e ao domingo de manha alguns são grátis e outros mais baratos, por isso tinha de ser cedo. Levantámo-nos, preparámo-nos, fizemos sandes, arrumámos fruta e bebidas e levámos o Chico connosco – a MJ e o A iam também mas em consequência da noite anterior acabaram por não nos acompanhar.
Passámos uma manhã fantástica na Quinta da Regaleira, eu adorei! Por volta da hora de almoço fomos comer (o famoso pão com chouriço da Praia das Maçãs) e passear junto à praia. Fazia imenso frio naquele domingo (de resto naquele fim de semana!) e por isso não pudemos aproveitar como num dia mais quente. Com direito a chocolate quente de olhos postos no mar e na areia, foi um domingo em cheio. Quando regressámos ainda passámos num dos meus preferidos centros comerciais (que saudades!!!!!!) e regressámos a casa já de noite.

Na segunda o G. não trabalha por isso pudemos recuperar do fim-de-semana em grande.

Na quarta a minha mãe chegou e o dia foi passado numa autentica maratona para ir a todos os sítios que precisávamos (pagar renda, ir à faculdade, ao escritório, etc.) e ainda encontrar roupa para a neve (que nem eu nem a minha mãe tínhamos) a preços baixos e os nossos tamanhos! Sempre, claro, com a ajuda do G.

Na quinta vim para Itália logo de manhã cedo com a minha mãe.

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