Não deixei de ser a miudinha de outrora, não deixei de correr pelas ruas com as mãos cheias de sonhos e desejos quase impossíveis que me aqueçam a alma. Continuo a ter o coração repleto de amor para dar e continuo a querer acreditar que as pessoas são melhores do que são na realidade, que não fazem por mal, que o que conta mais são as pequenas e simples coisas, que não há forma de fechar as portas àquilo que mais amares só porque é melhor ou mais fácil (pois ao te recusares a vivê-lo já estás a morrer por dentro e a destruir o que achavas melhor ou mais fácil)...
Continuo a ter nos gestos a intenção do melhor ainda que não tenha a capacidade de o transmitir ou demonstrar verdadeiramente, continuo a desejar mundos e fundos, a sonhar com o que virá, a fazer planos, mesmo que não o queira, a cometer erros (hei-de sempre cometê-los) a repetir palavras e atitudes (as más mas tambem as boas)...
Não deixei de ser quem conheceste, apenas tento mostrar o contrário ...pelas circunstâncias da vida.
Para tentar atenuar as dificuldades, na esperança de que se torne mais fácil, mais suportável.
Já não me mostro como antes é porque, ao fazê-lo, ganhei muitas mazelas difíceis de esquecer e de voltar a arriscar abri-las novamente.
Só por isso já não pareço ser a miudinha simples de antes, porque me refugiei na capa protectora que encontrei desejando poder passar despercebida daquilo que faz o meu coração doer.
Mas continuo a sê-lo. E tu sabes.
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