A eterna questão do "por que é que não agimos, em frente aos
outros, como agimos quando estamos a sós?", ou seja, como namorados. Porquê?
Estou farta de tentar explicar-te, fazer com que percebas, que não estou preparada, não me sinto capaz
de assumir uma relação séria, um namoro. E, no nosso caso, a única coisa que
distingue aquilo que temos de um namoro, é exactamente, o facto de não ser
assumido frente a todos. Porque vivemos, temos uma relação que é, praticamente,
um namoro, na sua essência. Não é um namoro porque, para o ser, tínhamos de o
assumir perante os outros. Não é um namoro porque eu não estou preparada para
isso e não me quero precipitar depois de tanto tempo. É por isso que, quando me
refiro a ti ou te apresento, tens ainda de ser o "amigo", porque não és meu
"namorado" e ainda não há um rótulo, uma descrição, capaz de expressar tudo o que
temos e vivemos. Só nós os dois é que o percebemos e conhecemos. Mesmo que
quisesse explicar não conseguiria, se para mim própria não é fácil
compreendê-lo…!
Sinto que assim só me estás a colocar pressão. Aquilo que passa é que quase pretendes "forçar" um namoro... e isso tira-me do sério, faz-me afastar (mesmo que involuntariamente).
É claro que imagino o que não será para ti quando me amas e já há tanto tempo vives assim, comigo. Quando fazes tudo e de tudo por mim, quando aceitas, compreendes e tudo mais. Mas desculpa, não te consigo dar mais que isto agora. Para mim ainda é impensável assumir perante os outros que tenho um namorado, comprometer-me àquela relação porque é oficial, dar esse passo sem acreditar verdadeiramente que resultará. E isso só conseguirei perceber depois de voltar a Portugal e ao meu ritmo diário de lá. Porque, até lá, pode apenas ser uma ilusão, pode ser um passo em falso e uma decisão por impulso. E depois de tanto e tanto tempo, não me permitirei isso!
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