segunda-feira, 27 de abril de 2015

Fim-de-semana: uma mão cheia de alegrias

O fim-de-semana foi preenchido, recheado de emoções, com direito a conhecer muitas coisas novas e estar em família.
Como tínhamos muito que fazer em pouco tempo (para não variar), os dias foram aproveitados ao máximo que nos foi possível. Assim, o fim-de-semana parece, por um lado, ter passado devagar porque se fez tanta coisa (e tanta coisa boa!) mas por outro hoje dou por mim a pensar "como é que já acabou?!" porque num abrir e fechar de olhos já é segunda outra vez.

O tempo não esteve muito a nosso favor e a chuva, frio e vento fizeram questão de marcar presença mas não foram suficientes para nos impedir de fazer tudo o que pudemos. Nem eles nem a dor de garganta ou pescoço que me acompanha já há vários dias.


Como vos tinha contado, na quinta-feira à noite chegaram a minha avó, tia e prima da terrinha. Vieram ter com a minha prima que estuda numa cidade do interior e é este ano finalista. Jantaram connosco e passaram a noite em nossa casa (que ainda não conheciam) para só no dia seguinte rumarem ao interior. A minha prima finalista veio até à capital para as melhor receber. 
Na sexta lá fomos nós para as compras, elas convenceram a minha mãe a ir com elas logo nesse dia e à tarde fizeram-se à estrada.

O final do dia de sexta foi para irmos buscar uma cama (estrado) que nos deram. Isso implicou toda uma organização subjacente: pedir a carrinha emprestada, para o transporte; ir buscar a chave; ir buscar a carrinha; ir levá-la de volta; e finalmente entregar a chave de novo.
Assim, na sexta, depois do G. chegar do trabalho, fomos buscar a carrinha (eu tinha a chave porque a fora apanhar à tarde). Seguimos para a casa dos amigos da minha mãe que nos deram, como prometido, a cama e, ainda, uma mesinha de apoio e um candeeiro de pé.

Engraçado que agora me lembrei disto: na quinta-feira fui dar a nossa mesinha de cabeceira antiga, à família a quem tento ajudar, sempre que posso, para os lados do trabalho do G. (uma vez que eu fui ao escritório do meu patrono nessa tarde e aproveitei para ir deixar a mesa a casa da senhora). E logo no dia seguinte, quando dei uma única coisa, tão simples e talvez até "sem valor" para muita gente (mas que dará muito jeito àquelas pessoas), recebemos nós três outras coisas. "Dá e receberás em dobro", ora nem mais. E assim nos apercebemos de como o mundo e o universo se organizam e conspiram a nossa favor se acreditarmos nisso mesmo.

Chegámos ao nosso destino pelas 20h. Carregámos tudo o que nos deram na carrinha, voltámos a nossa casa para descarregar tudo, pusemos combustível e fomos deixar a carrinha e entregar a chave antes das 22h.

No sábado de manhã cedo fizemo-nos à estrada e duas horas e meia depois chegámos à cidade onde estuda a minha prima. Ela é finalista e convidou-nos para estarmos na sua bênção e queima naquele dia. Assim foi, primeiro a missa, bênção aos finalistas e às capas. Uma cerimónia muito bonita...com muita emoção e significado. Fomos almoçar e à tarde foi a queima. Diferente de qualquer coisa que já tivesse visto porque eu não tive queima, apenas bênção já que a minha faculdade não o organizou nem tem tradição nisso. Ali, cada curso subia à vez a palco, sendo chamados um a um os finalistas, pelo nome, que acompanhados pelas pessoas que escolham. Cortam simbolicamente, com o auxílio dos parentes que sobem com eles, uma fita na qual os finalistas escreveram as coisas boas e as coisas más pelas quais passaram durante o percurso académico, deitando para dentro dum pote de barro a parte das coisas más, queimando-as. 

Depois de todos os festejos envolventes fomos para casa e tivemos direito a um jantar típico, feito pela nossa avó (haverá melhor que isto?!) e o serão acabou por ser caseiro, afinal chovia bastante e até fazia frio.

No Domingo saímos para passear o dia todo, fizemos vários quilómetros, conhecemos e vimos muita coisa nova para nós e até saímos do país. O dia terminou com a despedida e o nosso regresso a casa.

Assim, o fim-de-semana resultou numa mão cheia de alegrias e um coração a rebentar de amor. E também na certeza da ligação e união que os laços de sangue e as recordações plantam em nós.

1 comentário:

Obrigada pelas tuas palavras!

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