Uma pessoa quer ajudar e ainda tem de pagar para isso.
Eu há uns anos que estava inscrita numa espécie de voluntários para trabalhar em casos da minha área (jurídica) onde poderia colaborar com pessoas mais experientes e aprender estando a ajudar quem tem problemas para resolver de forma gratuita. Ora, esta semana descobri que eu afinal já não estou inscrita porque para isso passou a ser necessário pagar uma quota anual de €25.
Eu não trabalho, não tenho rendimentos e tenho de me sustentar, não tenho pais ricos e moro longe de casa pelo que não tenho uma vida desafogada. Ou seja, não tenho como pagar para ajudar. Além disso, acho que o princípio não está correcto. Uma pessoa que queira colaborar tem de, além do tempo, deslocações e disponibilidade que dispende de boa vontade e sem receber "nada" em troca, ainda tem de pagar para ter essa possibilidade. Tinha todo o gosto em ajudar mas a mim parece-me um perfeito absurdo.
Comuniquei a minha "indisponibilidade" para o pagamento de uma quota anual à instituição aquando da informação que me apresentaram mas, como é óbvio, não lhes interessou responderem-me.
Sou só eu a achar isto descabido?
Se calhar é por isso que surgem sempre montes de instituições para "ajudar", como agora, por exemplo, no caso dos refugiados. Desde que se falou em subsídios, já apareceram montes de instituições interessadas. Porque essas instituições são geridas e quem as gere não são voluntários. É gente que vive disso, de "ajudar" a criar instituições de "ajuda", onde os únicos que "ajudam", ou não recebem nada em troca, ou ainda têm de pagar os ordenados aos profissionais das "ajudas".
ResponderEliminarÉ assim que grande parte das verbas destinadas aos necessitados, acabam por nunca chegar, porque a maior fatia fica para pagar a gente que só anda nisso para encher os bolsos. :/
Concordo contigo. Às vezes parece que em vez de serem agradecidos são gananciosos... não percebo...
ResponderEliminarTotalmente descabido. Fizeste bem em responder e apresentar os teus argumentos. Se todos fizessem o mesmo talvez as coisas não chegassem a este ponto.
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