domingo, 2 de janeiro de 2011

No calor da raiva


"É incrível o poder que a nossa mente tem.
E como a raiva, desilusão e traição têm um poder tão arrasador e destrutivo. Capaz de deitar tudo abaixo, aquilo que levou anos a construir-se, a cada dia, com cada gesto, com toda a dedicação. Como tudo cai por terra, desmorona, parece mísero, desaba, perde-se.
O tempo será o único que o poderá atenuar, não será certamente esquecido. Ultrapassado será nem que passem mil anos. Há-de acabar este sofrimento, toda esta dor, este sentimento.
Demore o tempo que demorar, há-de passar.
Nunca pensei que tamanha desilusão pudesse ser humana mas todos os dias o ser humano nos surpreende (e da pior forma possível e imaginária). Queria poder voltar atrás, queria apagar os últimos dois anos da minha vida. Queria esquecer, desaprender. Enterrar tudo o que passei.
É verdadeiramente o meu mais sincero desejo.
Sei que é completamente utópico e irrealista (sonhador) ou não fossem estes traços característicos meus.
Mas não queria mais nada!
Só pedia isto.
Oxalá tudo fique de uma vez no velho 2010 pois já não suporto mais nenhuma gota disto no ano novo.
Tenho mesmo muita pena de tudo isto ter resultado numa autêntica MERDA, neste desastre, neste... NADA e nesta dor e vazio que me encheram o peito e substituíram qualquer sentimento bom. Ou melhor, podem não ter substituido (que é o mais certo) mas certamente ganharam vantagem, tornaram-se mais fortes e superiores ao que quer que fosse que de bom habitasse aqui."

30.12.2010 às 00:48h

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