domingo, 3 de julho de 2011

O relógio está a contar


Tenho medo. Mentiria se dissesse que não tinha. Seria sequer humano ou normal não o temer?
Eu quero muito dar de mim o que sinto que devo dar mas sei que isso terá de ser feito, muitas vezes, à distância. Sei que, provavelmente, é estar a pensar demasiado e antecipar as coisas mas não consigo evitar pensar que será sempre assim em qualquer relação que estabeleça. Tenho a minha vida dividida. Nunca estou sempre no mesmo lugar, ora aqui, ora de férias em casa (que ainda é longe...). As férias durante o ano nem são o pior, mas as de Verão vão custar-me horrores depois desta intensidade que temos dado ao envolvimento que já surgiu entre nós. Depois, no segundo semestre do próximo ano estarei (mais de 4meses) em Itália.
Daqui a precisamente uma semana já estarei bem longe e espera-nos, no mínimo, um mês de distância separados por mais de 900km. Ele tentará ir ter comigo lá no Verão, lá para Agosto para ser mais "suportável" o tempo que passaremos longe um do outro. Depois só nos veremos em Setembro, espero, tenho o forte desejo, que estas férias voem porque eu sei o quanto me custa passar horas sem o ver, um dia é um custo e semanas será um tormento. Vai fazer-me imensa falta, mesmo.
Esta semana que vem aí será a derradeira contagem decrescente para, por um lado, poder, de alguma forma, descansar da época infernal de exames e deste semestre e ano lectivo exigentes e que se têm revelado uma verdadeira prova de fogo para mim mas, por outro lado, o pior, afastar-me do G. durante muito tempo, demasiado para nós e que será a maior provação que nos espera num futuro, já demasiado próximo ao ponto de me atormentar o pensamento quando lhe permito que invada a minha cabeça (tenho tentado não pensar nisto mas hoje deu-me para deitar tudo cá para fora). Estou triste, não queria nada separar-me dele e nem quero imaginar o que me irá custar estar longe dele tanto tempo, desta pessoa maravilhosa que tenho descoberto e que tanto me ajuda e faz bem!
Tudo isto deixa-me triste e apreensiva porque sei que ele merece mais, quero poder apoiá-lo, estar ao lado dele, que, a verdade é que não tem de ser sempre presencial, mas muitas vezes essa presença, o estar ao lado fisicamente é essencial e ajuda muito.
Este mês tem sido óptimo porque temos estado sempre juntos, todos os dias e temos tentado (e acho que conseguido) aproveitar bastante mas sabe sempre a pouco porque eu estou em exames e, portanto, não estou a dar-lhe tudo o que posso uma vez que tenho de dividir as minhas atenções, o meu empenho e tudo o resto entre ele e o estudo intensivo.
Estas são razões que não abonam para que a nossa relação seja assumida, da minha parte. Ele merece tudo e tem-me fascinado, apaixonado e surpreendido cada dia e eu não acho justo avançarmos com uma relação enquanto eu não lhe puder dar tudo o que posso e quero. Entendem-me?
Estarei apenas a ser medricas e a não querer avançar? A ter medo e ele me estar a impedir? Eu acho, muito sinceramente, que não. Só acho que precisamos de tempo e calma e só depois é que poderei pensar num "namoro" porque para já (e até voltar de férias de Verão em Setembro) não me parece "justo" e fiável, não seria responsável e eu quero fazer as coisas como deve ser desta vez, com ele é o que mais quero, que não nos arrependamos ou lamentemos nada e que seja tudo pelo melhor, da forma que achamos mais correcta entre ambos.

2 comentários:

  1. Oiiii! Belo post :)

    Gostei tanto do blog que... sou a seguidora número 100!!! :D

    Biju*
    Ivânia Diamond

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Obrigada pelas tuas palavras!

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