É tão estúpido para mim!
É frio, distante, indiferente, ignora-me completamente .
E depois agarra-me no elevador e espeta-me um beijo que me faz fugir o chão debaixo dos pés.
Depois fala-me mal, trata-me como sempre, em frente a todos.
Mas diz que eu já sabia que ele era /é assim. E eu sabia/ sei.
Solta, por entre isto tudo, um "Eu vou se me deres um beijo aqui", alto e bom som, para quem quisesse ouvir.
Sei também que parti do início já o sabendo mas isso não faz com que não me magoe cada palavra dura, não me faça sentir mal cada gesto mais brusco ou cada acção mais estúpida. Porque eu mesma acabo por retribuir na mesma moeda, ajo, com ele, igualmente como ele me trata. Por mais que custe, pelo menos tento fazer o mesmo que ele. E sei que ele também não gosta, no fundo. Porquê? E é o que me faz mais impressão no meio desta situação toda: porque ambos já nos vimos, um ao outro, despidos de todas as merdas das defesas que usamos contra o mundo e das armaduras que carregamos aos ombros todos os dias, a todo o minuto. E é isso que nos torna mais parecidos ainda, é isso mesmo. Mas ninguém sabe, só acham que somos extremamente iguais e mal sabem a que profundidade o somos efectivamente.
Anda a brincar comigo, é o que é. E eu a deixá-lo. Eu entrei no jogo e pensei que também sabia brincar mas estou a descobrir que nunca fui boa em brincadeiras, não as aprendi e não sei jogar com o coração.
Oh querida... não fiques assim! *
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