quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Avô emprestado

Não cheguei a conhecer como deve ser nenhum dos meus avós.
Quando nasci, um deles já tinha morrido e o outro morreu quando eu tinha 2anos...tenho pena de não ter gozado um avô. Talvez por isso, sempre achei uma ternura imensa a senhores mais entradotes simpáticos e bem dispostos.


Agora dei-me conta que acho que adoptei um avô.
É um dos voluntários do Banco e canta num dos coros em que estou. O AP é um doce de pessoa, super divertido e com um espírito fantástico que alegra qualquer alma. Tem perto de 70anos e uma classe, um saber estar invejável. Além de tudo é uma pessoa simples, sem manias e que trata toda a gente muito bem, com um olhar que sorri e um jeito quase de miúdo de tão engraçado. Sabe imenso e é humilde. Conta imensas histórias, é a alma de qualquer convívio, não se cala.

Trata-me por "Verdezinha", tão querido.
Faz uma festa sempre que me vê, elogia-me a simples presença.
Diz tanta vez "tão queridinha" com ternura e sorri.
E isso aquece-me o coração, gosto tanto daquele senhor!!!


Mal nos conhecemos, vemo-nos pouco mas demo-nos logo bem, desde que nos vimos a primeira vez. Ao início de pé atrás, mas lá deixei que me conquistasse e hoje assumo-me completamente rendida aos encantos deste meu "avozinho" que de velho não tem nada, só a sabedoria.
É daquelas pessoas com quem, sempre que estamos, por poucas vezes que seja, nos deixa felizes e faz bem ao coração, sabem? São poucas as pessoas assim que conheço mas no voluntariado tive a sorte (e o gosto) de conhecer algumas em pouco tempo, felizmente.

"Ainda não se foi embora e eu já estou cheio de saudades suas!"

3 comentários:

  1. Este texto está mesmo querido :)
    Por vezes nem são as pessoas de sangue que nos são mais queridas e com quem temos mais afecto !
    Beijinho *

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  2. A vida (e as pessoas) têm me mostrado isso :)
    E ainda bem que isto acontece, faz tão bem!
    Beijinhos

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  3. Felizmente conheci os meus avós ... os 2 de cada lado, e se um deles não era dado a afectos, o outro é! E sabe tão bem! =))

    Mas eu sei que muitas vezes não é dentro da família que encontramos quem mais apoio nos dá e quem mais nos aconchega, e contudo, pertencem à nossa família ... é bom isso querida! =))

    Beijinho *

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Obrigada pelas tuas palavras!

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