Já há algum tempo se ponderava arranjar uma companhia para o
Patanico – porque ele é novo e brinca imenso e nós não estamos muito tempo em
casa por isso de certeza que se sente sozinho. E se ao início a ideia foi logo
posta de parte porque ele ainda não estava "crescidinho" o suficiente e não
havia condições para termos mais um gato em casa, com o tempo foi amadurecendo
(como também o Patanico amadureceu) até que, depois de muito pensar e repensar
o G. decidiu: estava na altura de arranjarmos um(a) amigo(a) para o gato.
Numa busca pela internet encontrámos imensos casos mas só
alguns se adequavam à situação em causa. Tinha de ter mais ou menos a mesma
idade, estar esterilizado (porque ele também já está) e existir a possibilidade
de ficarmos com o novo amigo “à experiência” porque não sabíamos como reagiria
o Patanico nem como se dariam os dois.
Assim sendo, chamou-nos à atenção algumas associações que
ofereciam a segurança (e tranquilidade, porque era a nossa maior preocupação)
de poder acolher novamente o novo amigo, no caso de não se darem bem. A escolha
era vasta, desde gatos bebés a séniores, passando por adultos, machos, fêmeas…enfim, uma imensidão de bichinhos à procura de um lar.
Primeiro demos de caras com um macho, da idade do nosso e
muito engraçado que parecia meiguinho, contactámos e disseram-nos que estava em
processo de adopção. Não demorou muito a voltarmos a apaixonarmo-nos, desta vez
por uma menina e decidimos que tínhamos de ir vê-la.
Até que decidíssemos ir conhecer a gatinha, levámos algum
tempo, depois de termos passado muito a ponderar se devíamos ou não adoptar
outro gato (fosse macho ou fêmea, uma companhia para o de casa) mas quando
quisemos vê-la , o processo foi rápido. Depois de trocarmos emails e termos uma
conversa (por telefone) com a FAT (família de acolhimento temporário) da
menina, marcámos uma hora, deram-nos a morada e fomos sem compromisso.
Queríamos ver como ela nos aceitava e o que achava de nós,
como se comportava…e por isso não fomos sequer preparados para a trazer logo mas
rendemo-nos à sua ternura depois de pouco tempo de contacto e conversa com a
sua "tutora".
Foi assim que veio logo connosco para casa, ainda naquela
tarde.
Foi apanhada da rua e por isso ainda tem algumas reservas, é
assustadiça em algumas (poucas) coisas mas mal dá para acreditar na sua
história quando nos pede festas e se chega a nós. É uma doçura, muito ensinada
e fofinha que só ela. A cada dia nos conquista um pouquinho mais e deixa-nos "chegar mais perto" (já vem para o meu colo e deixa pegar-lhe).
O mais importante, e o mais difícil também, é a adaptação
com o Patanico. Primeiro estiveram separados mas depois de passarem o segundo
na mesma divisão, à noite já não se quiseram separar. Bufam um para o outro e
andam à briga para já mas quando chegamos a casa estão no mesmo sofá deitados,
um em cada ponta, é certo, mas no mesmo sofá.
Agora acho que temos de lhes dar tempo porque só assim
saberemos se se dão bem ou não. Felizmente temos a segurança (para a gatinha)
de que, se não correr bem por algum motivo, ela tem sempre uma casa para onde
voltar e nunca será um problema ter de separar os dois e isso é o mais
importante para nós estarmos tranquilos.
Entretanto o Patanico sofreu o acidente que o afastou de
casa e ela tem sentido a falta dele, de certeza que se sente sozinha. Mas não
tarda ele voltará para andar à bulha com ela. E logo veremos como corre!
Estamos a torcer para que corra bem, era tão bom ele não ter de ficar sozinho e
ter com quem brincar e, ao mesmo tempo, podermos contribuir para dar um lar a
uma menina que, sendo um doce, já esteve na rua. É o que mais queremos neste
momento: que dê certo!
=) adorei a história. Boa sorte com os meninos :)
ResponderEliminarBonita acção, fizeram bem. Espero que tudo corra pelo melhor :)
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