domingo, 19 de outubro de 2014

Receber energia - Reiki

A minha primeira experiência como vos contei foi há muito pouco tempo e ontem pude estar com uma medium que me falou ao interior e me passou energia da 5ª dimensão para uma reorganização e reequilíbrio internos. Tudo isto é novo para mim e, confesso, muito estranho, muito "sobrenatural" mas não consigo ficar indiferente.


Falou comigo e com o G. e disse-nos coisas do nosso passado, da nossa personalidade, dos que nos são mais próximos, das nossas vidas passadas e do nosso futuro até. Mas nada de grandes discursos nem de muito aprofundado, apenas algumas indicações/menções - sabendo apenas o nosso nome e data de nascimento.

Perguntou-nos ao que íamos e nós respondemos que procurávamos alguma paz, tranquilidade. Ela disse-nos "Não é engraçado que vocês, tão jovens, ainda tão novos, que supostamente não teriam grandes preocupações ou problemas venham em busca de um reequilíbrio, de serenidade, paz?!" e então explicou que isso acontecia porque o nosso mundo, desde 1985, tem uma energia muito pesada, muito escura e quem nasceu depois de 1980 (mais desde 1985) são seres com muita luz, que vêm de outro mundo e que são, por isso, afectados pelas energias mais pesadas que o planeta carrega.

A primeira coisa que nos disse foi "Vocês querem ficar um ao pé do outro? (sentados lado a lado)" ao que nos respondemos que sim, se possível. Ela disse que não havia problema e disse "vocês são... namorados!?" e então perguntou-nos quem éramos e o que fazíamos e ficou a saber muito genérica e resumidamente mais sobre nós. Virou-se para mim e disse-me logo "Tu estás perdida" eu expliquei que agora já não tanto mas que tinha passado um mau bocado muito indecisa, falei da minha tese e da Ordem, das dúvidas porque passei e pelo desconhecer se teria ou não patrono...

Durante o tempo todo eu fiquei muito sensibilizada, para ser franca. Disse-me que eu era muito desconfiada e que custava muito deixar que chegassem a mim, que isso se devia a experiências que eu tinha tido em outras vidas, que me fazem ser assim, mas que também quando dou confiança a alguém essa pessoa terá em mim uma amiga para a vida. Depois disse-me que eu era muito sensível ("não te podem dizer nada que ficas logo assim (em lágrimas)..."), insegura mas sem razão nenhuma porque era um ser maravilhoso, muito bonito por dentro e por fora e que apesar de tudo isso era muito, muito forte.
Falou-me do meu tio que partiu e que ainda está entre nós por não conseguir subir - que as filhas e a minha tia ainda o choram e que ele não aceitou a partida, por isso ainda cá está e que não lhes faz bem nem a ele nem a elas, por isso têm de o deixar ir (e que ia ajudá-lo). 
"Tu tiveste um episódio muito forte na tua infância, entre os 5 e os 8 anos. O que foi?" E eu não lhe soube dizer, não me lembro... "Deve ter sido de tal forma traumático que inconscientemente arrumaste a um canto e varreste-o da memória". Disse-me que eu não me dava muito bem com a minha mãe mas que se tratavam de conflitos kármicos, que se prendiam com outras vidas passadas das quais já nos conhecíamos e que, por isso, fazemos faísca, porque as nossas almas sabem disso mas nós não compreendemos - falou do seu feitio difícil e esclareceu que para os outros ela pode ser maravilhosa mas para mim não por estes conflitos anteriores, superiores a nós duas (confesso que isto me sossegou um pouco, porque sempre achei isto e não compreendia por que é que ela era como era para mim mas todos a adoravam, até os meus amigos!). Mas disse que apesar de tudo gostávamos muito uma da outra, que isso não estava em causa, apesar das dificuldades de relacionamento que temos e que eu era a menina dela. Em relação ao meu pai disse logo que era diferente, que eu era a menina do papá e eu não tenho como negar. Depois perguntou se eu tinha irmãos e eu respondi que sim, "uma irmã" e ela disse "Mais nova (ao que eu assenti)...muito reguilona!" e eu tive de interceder por ela a dizer que já foi pior (e já, muito pior mesmo!), agora já está melhor. "Vocês são muito próximas!" 

A uma dada altura eu só soluçava e não consegui controlar as lágrimas. Então ela disse-me: "mas também tenho uma boa notícia para ti! Quando acabares a tua formação vais encontrar um trabalho bom! Quando começares a tua formação na Ordem, vais encontrar um advogado mais velho que te vai ajudar e orientar no teu caminho." E disse-me finalmente que eu tinha uma estrelinha lá em cima 

Ao G., ao contrário de mim, perguntou-lhe o apelido também. Disse que era um homem com muita fé, que acreditava muito em Deus e sentia necessidade de ter essa ligação. Na vida anterior tinha sido um padre. Disse-lhe que ele era muito organizado em relação aos valores, que tinha os princípios todos muito bem definidos dentro de si, não só pela educação que os pais lhe deram mas muito por já ter este passado com ele (tinha sido, numa vida anterior, um nobre) e por isso dava muito valor aos princípios, o que hoje em dia é raro nos jovens. "Para as coisas são feitas direitinhas, tiveste uma namorada, vais casar com ela e ficar junto..." Disse-lhe logo que ele tinha muita luz, que era muito calmo e tranquilo e que tinha vindo com uma missão muito importante (também relacionada com o seu trabalho que é vocação). Falou-lhe de uma época muito marcante e complicada para ele entre os 13/14 anos e mais...então ele lembrou-se da mudança que fez de casa, quando tinha uma namorada, entrou na universidade mas não gostou do curso, mudou, enfim, uma série de acontecimentos que o marcaram para sempre, muito. Disse que com ele era o contrário, dava-se muito bem com a mãe (perguntou o nome da mãe dele e se tinha irmãos, ele respondeu), que ela era muito apegada aos filhos, que vivia para eles (como isto é verdade!) mas que não era feliz...só os filhos eram a sua alegria e razão de viver. Disse-lhe que ele não tinha nada a ver com o pai, que eram muito diferentes e a sua relação não era muito boa por isso, não se identificava com ele...

Virou-se para nós e disse muito convicta "Vocês dão-se muito bem, mesmo muito, muito bem!" 
Depois olhando para os dois, alternadamente: "Mas ele é muito calmo e tu às vezes implicas com isso. A calma dele chateia-te e depois ficas ali a ...nhê nhê nhê, a irritar-te com ele...que ele é calmo demais..." (eu tive de concordar... e ele também). Disse que íamos ficar juntos e ser muito felizes.

Depois de conversamos eu deitei-me, fechei os olhos e ela esteve a fazer-me uma "cura" energética, transmitindo-me vibrações. Tive de me esforçar por me concentrar em algo mais distante, superior. Pouco depois de começar disse-me "Tu conheceste uma senhora, velhinha, que já partiu. Ela está a sorrir para ti. Eu estou a vê-la...sentada, com um totó na cabeça..." e eu interrompi "É a minha avó". Ela continuou "vejo-a com sentada, com uma manta ou um xaile ou qualquer coisa nas pernas" e eu disse "a minha avó não andava". "Ela acompanha-te muitas vezes, está a olhar por ti" - apesar de nunca ninguém me ter dito isto eu sempre soube, não sei explicar como nem porquê. A minha avó paterna esteve muitos anos acamada, sem andar e nós visitá-mo-la anos a fio, todo o santo domingo. Quando ela faleceu, o meu pai ficou muito abalado e foi uma grande perda na família...eu nem fui capaz de ir ao seu funeral mas desde aquela altura soube que ela me acompanha e olha por mim.

Durante todo o dia senti-me muito em baixo mesmo fisicamente. O corpo dorido.

4 comentários:

  1. Adoro ler sobre estas coisas e adorei ler o teu post! Como surgiu falares com essa medium? Eu interesso-me por este tema, mas ao mesmo tempo tenho muito respeito e, de certa forma, um pouco de receio sobre o que possa vir a descobrir.

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    1. Somos duas, sou como tu, confesso que tenho curiosidade mas não estou muito à vontade e apesar de muitas vezes me parecer difícil certas coisas serem verdade, a questão é que tenho muito respeito por estas coisas. Eu nem estava à espera daquela conversa...

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  2. Não sabia que o Reiki era assim, que envolvia conversas sobre vidas passadas e futuras! Tinha outra ideia completamente diferente.

    Bjokas*

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    1. Já somos duas! Achava que o reiki era do género "yoga" ou assim... na verdade não sei nada sobre o assunto, apenas o que contei aqui e o que me disseram.
      Pelo que percebi, o reiki não tem a ver com mais nada senão o energia (porque somos energia), treino do nosso interior, dos nossos pensamentos, controlo das nossas emoções e do que temos dentro de nós, a nível físico, orgânico e psicológico. Numa primeira fase penso que não se consegue fazer isso, porque não estamos "treinados" mas pelo que percebi, o objetivo é nós percebermo-nos e fazermos isso em nós mesmos (não precisando de outras pessoas que já fazem há mais tempo e já estão muito mais treinadas para ajudar).
      No meu caso, a senhora que mo fez era medium mas acho que são coisas distintas, que por acaso coincidiram. Porque nem era esse o objetivo, eu não sabia sequer que ia conversar com a sra... mas como ela tem uma sensibilidade especial falou-nos de coisas do passado e do futuro, além das vidas humanas.
      ***

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Obrigada pelas tuas palavras!

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