quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O meu aniversário

Em primeiro lugar: Muito obrigada pelos votos de parabéns!
Em segundo lugar, vim contar que o meu dia de aniversário não foi muito diferente de um dia comum, com excepção da surpresa do jantar. 



A tarde foi passada em casa, a tratar de assuntos pendentes (que ainda são muitos), com direito a umas compras (muito rápidas) e terminou de forma muito especial com a companhia da minha querida amiga D. Ela foi ter comigo a casa com uma prenda cheia de simbolismo, muito delicada e elegante, mesmo a cara dela (e a minha também!) e ficou comigo enquanto eu me preparava para sair para jantar.

Deixei-a no metro, apanhei o G. no partime (que se alongou até perto das 20h), passei na casa da senhora a quem, quando posso, levo comida (a deixar, embora pouco, alguma coisa) e seguimos para o nosso destino.


O G. levou-me a jantar fora a um sítio diferente, surpresa, que não conhecíamos e que gostámos. É um restaurante onde há sempre música ao vivo, uns dias fado, outros jazz, com um ambiente muito acolhedor e intimista, decoração fora do comum e comida original. Não ficámos particularmente impressionados com a comida - embora estivesse boa, não era nada de muito saboroso embora, sem dúvida, tivesse acompanhamentos e apresentações fora do vulgar - e o atendimento, apesar de não ter nada a apontar em particular, poderia ter sido outro. Foi uma noite diferente e especial, no coração da capital. 


Regressámos a casa pelas 23h para partirmos o mini bolo que tinha comprado para assinalarmos a data. Ainda tentámos fazer ligação via Skype com a  minha irmã mas não conseguíamos aceder, (vá-se lá perceber porquê) desisti da ideia e, como o tempo estava a passar, resolvemos partir o bolo. 

Eram 23:45h do dia do meu aniversário e eu não me lembro de ter sentido um vazio tão grande ao deparar-me com aquela situação. Erámos só nós dois: eu e o G., com um bolo à nossa frente que tinha duas velas e uma óstia de "Feliz aniversário" e naquela momento não era capaz de imaginar nada tão triste. As saudades apertam, a solidão dói e apesar dele ser o mais importante, custa estar sozinha e ter terminado assim. Não contive as lágrimas perante o seu cantar de parabéns e senti-me pequenina, minúscula, do alto dos meus 24 anos.

Não foi um dia triste e eu passei a maior parte do dia sozinha por opção, senti-me acarinhada por muita gente muito especial e importante para mim (com votos de parabéns e felicidades), mas é duro terminar um dia importante daquela maneira.

Valeu-me aquele homem que está sempre ao meu lado. O meu porto seguro, o meu amparo, o meu ombro amigo e o que me vale sempre. Mas o meu coração ficou pequenino e apertado da saudade, da falta e da dificuldade que estas coisas representam para mim.


(grande) P.s. a minha mãe, estando de folga, não me disse nada. Tive eu de lhe mandar sms a perguntar se estava tudo bem, se tinha ido ao médico (como tinha ficado de ir) e se queria que eu fosse com ela, ao que ela me respondeu que não. Quando lhe perguntei se estava tudo bem a resposta foi "tudo óptimo" e depois mandou outra mensagem a dizer-me que esperava que o meu domingo tivesse sido bom e que o dia de anos também (nem parabéns!). Eu respondi que no domingo tínhamos ficado em casa durante o dia e só saímos para lanchar com amigos e que aquele dia (segunda) estava a ser normal, ao que ela respondeu "Eu também!!!". Assim ficou. Ontem à noite mandou-me uma sms: "Lamento se te desiludi mas sinto-me a mais e não quero estar a impingir-me a vocês, sabias muito bem que estava de folga e sozinha e não quis incomodar, se não disseste nada era porque não querias a minha companhia. Além do mais tinha dito que fazia almoço no domingo" (só se tinha falado dessa hipótese, nada tinha ficado "combinado" e eu tinha passado a tarde toda de sábado com ela, só nós duas de loja em loja!). Perante isto nem sabia o que lhe dizer e saiu algo como "Não tinha ficado nada combinado, caso contrário tínhamos falado das coisas, o que não aconteceu. Não tem de se sentir a mais, acho que nunca demos razões para achar que não queremos estar consigo" (ao que não tive resposta) embora na realidade a minha vontade fosse dizer-lhe que aquela atitude era de uma imaturidade inclassificável, que nada justificava tal comportamento da sua parte no MEU dia de anos e que quando se quer estar com alguém pergunta-se ou faz-se por isso, não se fica à espera que o outro tenha a iniciativa para, se ele não tiver, lhe podermos apontar o dedo. Além do mais, quantos dias ela passa sem me dizer nada? A mãe é ela mas não parece nada. Tem a sua vida e eu tenho a minha mas de vez em quando lembra-se de achar que é vítima dos males do mundo e, adivinhem, os males do mundo dela hão-de sempre ser eu. Por mais que faça, por mais que esteja com ela, por mais que tudo esteja bem, ela muda de um momento para o outro, como se fosse outra pessoa e inesperadamente, sem qualquer aviso prévio ou motivo real está tudo mal e tem este tipo de (não) atitudes. Reforço: é triste. Não há muito mais que isto para classificar esta porcaria: triste.
Só hoje vi no FB que me deu os parabéns por lá, às 23:45h. 

1 comentário:

  1. Oh é triste quando a nossa própria mãe tem esse tipo de atitudes e inicialmente quando comecei a ler a mensagem dela para ti (ainda nem sabia que se tratavam por você e que tinham esse tipo de relação) senti logo que devia ter uma relação distante contigo, desculpa que te diga, mas nem parece tua mãe. Mas falando de coisas boas e bonitas, tens a sorte de ter sempre o G. por perto e acho que isso já vale muito :) um beijinho grande *

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Obrigada pelas tuas palavras!

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