Ali, naquele banco de miradouro e rodeados das mais diversas pessoas, das mais diferentes idades, aspectos, nacionalidades, perdemos as horas e esquecemo-nos do tempo.
Ali vimos o sol nascer, contámos histórias, partilhámos confissões, debaixo da capa que nos aqueceu naquelas horas a fio naquele banco de jardim.
Aquela capa guardou o calor dos nossos corpos e recolheu carinhos.
Depois de longas horas de conversa, muita conversa e muito boa, depois do nascer do sol e de já ser dia, de sermos dos últimos a permanecerem ali... vieram as carícias, as meiguices e deixei-me levar no embalo da tua dedicação. Os beijinhos tímidos e ternurosos deixaram-me rendida.
Apertaste-me contra ti, aconchegaste-me, aqueceste-me, olhaste por mim.
No final, veio o beijo. E depois do primeiro, vieram tantos sem conta...
Muita doçura e meiguice das tuas palavras, dos teus gestos e da tua postura para comigo...
Eram cerca de 7/8h e regressou-nos à memória a dúvida que tínhamos e a teima que essa tinha gerado quanto a ser necessário, para a celebração do matrimónio pela Igreja católica, o sacramento do Crisma. Eu achava que sim, tu afirmavas só ser preciso a Primeira Comunhão. Era domingo e pensámos ir a uma Igreja tirar a teima, resolver a questão. Mas ainda era cedo por isso deixámo-nos ficar, quietos no mesmo lugar, como que com medo de estragar a pintura daquela noite e madrugada inteirinhas lado a lado, a tinta estava fresca e não queríamos correr o risco de deitar tudo, o que de tão especial tínhamos vivido, a perder. Deixámo-nos ficar, estarrecidos contemplando aquele dia lindo que tinha acordado.
Já passavam das 9h quando deixámos o banco do miradouro.
Foi levar-me a casa. Passámos na Igreja do lado mas o padre ainda não estava nem a sacristã nos sabia esclarecer. Fui buscar a minha capa para lha mostrar e entretanto já eram 10h. Voltámos à Igreja antes dele se ir embora (tinha de ir descansar, tomar um banho e comer pois tinha coisas a resolver devido à noite anterior e organização e arrumação de tudo e eu tinha as malas para fazer).
Apanhámos o padre com quem estivemos a conversar. Conclusão: depende das paróquias. Ambos tínhamos razão, ninguém ficou a ganhar.
Também falámos acerca do voluntariado no qual estamos interessados (ambos) com o Sacerdote e saímos de lá para nos despedirmos.
Eram perto das 11h quando ele me deixou.
Eu fui para casa, fiz as malas, comi, arrumei tudo, tomei um banho e sai para o aeroporto.
Ele ainda, no último minuto, quis ir ter comigo mas estava longe e já não vinha a tempo, além de que estava cansado e era inútil tanto esforço por apenas alguns minutos (que era o que eu tinha). Não se lembrou que me podia ter ido por, disse-me mas eu nem pus essa hipótese, além dele estar tão cansado e ainda ter tanto para fazer sem conseguir descansar antes disso, acho que nos custaria muito mais.
O voo era de ligação então demorou muito mais. Cheguei por volta das 16h mas almoçamos em família. Foi ainda um Domingo longo e eu a morrer de sono (já que estava de directa).
Vim com o coração pequenino...e apertado. Desconhecia a existência de homens assim, muito menos de um sentimento tão bom de confiança que ele me transmite conhecendo-nos há tão pouco tempo...
Nunca mais é Domingo!
GOSTO MUITO PRIMINHAAAAAAAAAAAAA
ResponderEliminarmiss you <3
Oh! Também tenho saudades tuas mas Julho já esteve bem mais longe...
ResponderEliminarOBRIGADA :DDDD Love U <3