E depois dos discursos, dos parabéns, dos abraços, da roupa e sapatos a estrear, da maquilhagem para tentar esconder defeitos de alma, das emoções, dos sorrisos sinceros e das lágrimas sentidas, regressa-se a casa, com um saco vermelho engraçado, com uma folha a que chamam "canudo", com o coração carregado mas sempre com alguma falta. Porque nunca podem estar todos, porque sou sempre obrigada a escolher o pai ou a mãe, porque me encostam à parede, porque me sinto horrível por ter de optar e porque é a maior injustiça a que me podem obrigar. Sinto-me um objecto, um troféu que se disputa e tenta alcançar a qualquer custo, ainda me acusando de preferir um ou outro. Sinto-me um brinquedo entre as mãos de duas crianças mimadas que não se importam sequer se aquilo tem vida, quanto mais sentimentos. E, perante isto, a minha vontade, na verdade, era não ter de estar com nenhum. A alternativa de ficar só parece tão melhor solução! Deus me perdoe...
Não há palavras à altura da tristeza que carrego no peito.
Já tentaste ter uma conversa com eles? Mostra-lhes este texto... sei lá... não é certo que seja assim... e se assim continuar terás de ser forte e deixar essas questões um pouco de parte e fazer o que tu achas certo. *
ResponderEliminarE o mais importante de tudo!!! PARABÉNS pela conquista!
ResponderEliminarMuito obrigada L! :)
EliminarInfelizmente, por mais que lhes fale, é inútil. Simplesmente não compreendem ou não querem ver. Porque eu já tentei de tudo: falar, conversar, explicar, pedir, discutir, enfim! é triste mas é inútil falar-lhes porque não se interessam por compreender ou ver a mais pura realidade!!! -.-
Nenhum pai ou mãe deveria encostar um filho à parede, fazer escolhas desse nível. É uma situação bem chata.
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