Esgotados como temos estado e com tanto para tratar dada a mudança de casa (as coisas que temos a mais e as que temos a menos, os pequenos detalhes, aquilo que falta comprar...), o nosso maior desejo era poder abstrair-nos um pouco do que nos preocupa e arejarmos as ideias, longe de tudo e todos.
Pelo aniversário do moço que quase coincidiu com os nossos primeiros seis meses como marido e mulher, quis fazer aquilo que já há muito queríamos e sonhávamos - passear, para longe de casa, sem horas, sem obrigações, só nós dois.
Estávamos mesmo, mesmo, mesmo a precisar. Estes primeiros meses têm sido muito exigentes para nós por uma série de coisas que têm acontecido, por isso precisávamos mesmo deste tempo para nós.
Foi tudo preparado algo em cima do joelho porque, lá está, tempo não me tem sobrado. Mas tinha de o fazer e assim foi. Talvez na quarta-feira reservei uma noite no alojamento local de uma Vila bem simpática que não conhecíamos, sem ser muito longe de casa mas não sendo, também, perto. E disse-lhe que no sábado tinha planos para nós. Era tudo surpresa para nós.
Pedi-lhe que não marcasse nada para o fim-de-semana "para descansarmos" e que confiasse em mim sem fazer demasiadas perguntas porque queria que fosse surpresa. Na sexta-feira antes de sair de casa preparei a "mala" e pus tudo o que precisávamos no carro, para que ele não o visse. E pedi ajuda à minha mãe para ir ver-nos os gatos enquanto estivéssemos fora (que também têm sentido muito as mudanças da família e estão carentes).
No sábado saímos de manhã e fomos andar a cavalo. Ele acha-os animais fascinantes e eu descobri um clube/ uma quinta, que tem muitos, que recebe provas e que permite aos "leigos" ter contacto com eles.
Passámos lá a manhã e almoçámos. O sítio é óptimo e o ambiente muito simpático, ficámos com vontade de voltar. Até têm piscina.
Depois de almoçar, fizemo-nos à estrada. Eu tinha um rumo, ele é que não sabia qual era. Fomos descendo, pela nacional, passando terras e terrinhas por onde nunca tinha passado e deixando para trás várias placas com palpites (achava que íamos a um sítio quando via a placa, perguntava e eu nada dizia, quando deixávamos a respectiva placa para trás, tirava dali a ideia). Até que, quando chegámos lhe disse que era ali que íamos.
Fomos até à praia, demos uma volta no centro, mas eu tinha de dar entrada no hotel e por isso andava à procura do mesmo. Quando o encontrámos e ele percebeu que "tinha quartos" perguntou logo o que lá íamos fazer e se passávamos ali a noite estupefacto. A resposta era afirmativa e assim passámos umas horas longe de casa, num sítio que nos pareceu um cantinho do paraíso, só a passear e a tentar descansar. Andámos a pé, encontrámos um sítio onde se comia bem sem pagar muito por isso e delicia-mo-nos com a calmia daquele momento para nós. Foi tão mas tão simplesmente bom!
Apesar de não ter sido muito tempo, apesar de ainda nos sentirmos cansados e nos preocuparmos, sinto que o fim-de-semana foi o balão de ar de que precisávamos para não darmos em malucos. E foi mesmo no limite.
Sou muito feliz e grata por ter conseguido fazê-lo e oferecer-lho. Sou muito abençoada por ter, hoje, esta possibilidade e por poder ter na minha vida uma pessoa tão mas tão especial e feita para mim como ele é. Soube-nos pela vida!
Sabem tão bem estes fins-de-semana assim :)
ResponderEliminarFelicidades *
Sabe tão bem fugir assim à rotina. A última vez que fiz algo parecido foi em Janeiro e já me está a apetecer outra vez :)
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