segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Belos dias estes...

A minha irmã chegou quinta. Fui buscá-la com o G. e fomos (eu, ela e a minha mãe) para a cidade para onde ela concorreu para visitarmos o campus e arredores, vermos instalações e esclarecermos dúvidas. Ele foi trabalhar, ou melhor, foi para a formação do trabalho para o qual tinha sido chamado mas confirmaram-lhe a permanência no do ano passado e ele veio-se embora no final da manhã.


Passámos o dia fora, as três, com um ligeiro mau ambiente, faltas de respeito e consideração, desconforto imenso e muita falta de noção e sensibilidade. Enfim, para mim, de cortar à faca... Voltámos ao final do dia e aí explodi. Foi a gota de água uma "coisa" (nem sei o que lhe chamar) muito estranha que o meu pai mandou a minha irmã entregar a minha mãe. Ela disse que aquilo era bruxedo e que não lhe tocaria nem morta, para que eu deitasse fora. Eu passei-me, achei a atitude completamente infantil e abri aquilo à faca. Eram três cruzes e um punho. Que coisa macabra. Só ouvi "É bruxedo! Eu disse-te! Isso é bruxedo. Eu não toco nisso!!!" histérico. Cheguei ao meu limite e desatei aos berros com ela dizendo que eram os dois malucos, que não batiam era bem da cabeça, que este inferno tinha de acabar, que não aguentava e estava a dar comigo em doida, estava a acabar comigo, etc. etc. completamente descontrolada num misto de desespero, raiva e frustração profundos. As lágrimas lavavam-me o rosto e eu estava fora de mim. Tinha dito o que achava suplicando que se pusesse um fim àquela situação, porque eu e a minha irmã somos quem está no meio desta guerra sem fim e as mais prejudicadas sem nada ter com isso.

Sai de casa com a minha irmã. Liguei ao meu pai e confrontei-o com o que tinha mandado pela minha irmã à minha mãe. Ele respondeu que julgava ser dela, nunca tinha visto aquilo, não sabia o que era e por isso tinha mandado para lhe ser entregue porque pensava ser dela...bla bla blá. Não acredito em nenhum dos dois. Não engoli a história do meu pai mas ficou por ali.
Fomos ter com o G. que nos levou a dar uma volta.

Na sexta não parámos novamente. A minha mãe foi trabalhar de manhã, a minha irmã veio ter comigo e fomos visitar a universidade. Saímos para a SS para o G. tratar dos documentos que precisava para o trabalho. Que seca descomunal lá apanhámos. Saímos de lá tardíssimo, ele foi a correr para o emprego entregar os ditos e nós ficámos a comer. Quando ele regressou apanhou-nos novamente e fomos a correr novamente ao porto fazer o que era trabalho da minha mãe. Porque ela saia às 16h mas depois das 17h é que se veio embora. Apanhámos um trânsito infernal e demorámos quase uma hora a voltar a casa para ir ter com a minha mãe. 

Fomos todos comprar coisas para a casa do G. e voltámos exaustos para casa. Fui com ele por as coisas a sua casa e pedi-lhe que me trouxesse a casa depois. Ficou chateado porque queria que ficasse com ele lá em casa e perguntou-me o que se passava, que estávamos estranhos e diferentes. Que não tínhamos tempo para estar os dois, quando estávamos discutíamos por coisas inúteis....enfim! Uma discussão tremenda que durou até de madrugada. Pedi que me trouxesse a casa, discutimos no caminho, discutimos imenso tempo no carro à porta de minha casa e acabei a noite a bater a porta do carro deixando-o falar só. Estava tão mas tão magoada e chateada e triste, tão triste com tudo aquilo...!

No sábado tínhamos combinado que ele me levava ao coro de manhã mas depois daquilo tudo só queria tê-lo longe. Estava tão mas tão aborrecida com tudo à minha volta que não me cabia na cabeça estarmos a discutir daquela forma, que ele me apontasse tanta coisa que para ele era insuportável. Como podia ficar tudo bem depois de tudo?!
Mas ele insistiu tanto que acabei por ceder e combinámos para o dia seguinte. Ele apareceu de manhã, meia hora antes da hora do ensaio. Saímos e passámos numa padaria a caminho para comprar pão porque eu não tinha comido. Quando íamos arrancar para seguir o carro foi-se abaixo. Uma, duas, três vezes. E não ligou. Tinha ficado sem gasolina - anda com o carro dos pais desde que cheguei pois o seu, embora esteja bem, tem de ir à revisão e ele não tem como pagá-la para já e o carro, além de velho, é um bêbado e ele está sem emprego, portanto, andava sempre na reserva. Nem podia acreditar no que acabara de acontecer. O carro estava em 2ª fila, com quatro piscas ligados. Fomos buscar gasolina à bomba mais próxima mas o que eu julguei poder demorar algum tempo, no final, durou uma eternidade. Andámos a pé até à bomba, tendo, pelo caminho, de comprar um garrafão num supermercado cheio de gente. Quando chegámos aquela não tinha gasolina, só diesel afinal. Tivemos de continuar a andar sem parar, a passo de corrida. Fomos até outra (desde o Saldanha até ao Martim Moniz) e lá a conseguimos. Depois era ter de voltar tudo para trás novamente e já passava das 11h. Dessa vez apanhámos metro e não fomos tudo a pé. Só conseguimos chegar ao coro às 11.30h. Eu estava tão mas tão lixada com ele...!!! Pensei as piores coisas possíveis e imaginárias. Nem sou capaz de explicar.

Ele queria ir comigo ao ensaio porque queria passar a fazer parte do coro. Seria uma notícia maravilhosa não viesse ela no seguimento de tanta porcaria. Quando ele me disse aquilo só lhe respondi que já não ia tão tarde, depois de tanta coisa... Mas acabámos por ir. O ensaio fez-me muito bem e ele fez audição no final, ficou.
Saímos de lá e passámos num supermercado para eu comprar coisas para comer e almoçarmos uma vez que a minha mãe que tinha dito que faria almoço me mandou mensagem a avisar que não o fazia e ia sair quando eu sai do coro. Viemos para minha casa e tive cerca de meia hora para improvisar uma salada (atum, feijão e pepino) comer e vestir-me. Entrei às 14.30h num coffe break. Só de lá sai 3horas depois e ele veio ter comigo. Não houve mais discussão depois do coro embora o ambiente estivesse estranho depois de tanta discussão. Ficámos por casa. 
Saímos para o jantar de aniversário do F. na costa - mas não sem antes termos tido de mudar um pneu que apareceu furado, completamente em baixo, quando íamos a sair de minha casa; o pior é que o pneu sobresselente estava vazio e tivemos de ir com ele assim até a bomba mais próxima enchê-lo, sem sequer saber se ele estava ou não roto também... Que aventura! E que dia de treta, nem sabíamos mais o que esperar. Felizmente depois de enchermos o pneu e abastecermos não aconteceu mais nada. Fomos até um bar com karaoke depois de jantar e viemos para casa por volta das 3h.

Fiquei lá em casa com ele e hoje viemos para cá, fomos ter com a minha mãe e irmã pela hora do almoço, comemos qualquer coisa mas não almoçámos e ele foi finalmente tratar do contrato de arrendamento (os pais dele vieram também). Enquanto isso, eu e a minha irmã ficámos em casa dele a pintar mobília. A minha mãe que tinha ido ter com o amigo, foi ter a casa dele depois. Esperámos que ele voltasse e saímos todos, já por volta das 19h/20h, para casa dos amigos da minha mãe que supostamente nos tinham convidado para um jantar lá (embora eu não quisesse ir). Apanhei a maior seca naquela casa. O jantar afinal veio só por acréscimo (e sorte) no final da noite, já eu estava a morrer de fome e mais que aborrecida de uma noite de conversa da treta com o mínimo interesse.

Sinto-me mal quando isto acontece mas é inevitável. Já não posso estar com a ela por perto, faz-me verdadeiramente mal toda a atitude, a postura, as ideias, maneira de estar...tudo. Já não suporto estar por perto muito tempo, sou incapaz. Faz-me mesmo mal. Estou ainda com um nó no estômago e uma azia incrível. Viemos de lá tarde. 

O G. deixou-me em casa e só nos despedimos depois de muito falar sobre tudo isto e o facto dos pais dele terem tido uma atitude muito estranha em relação ao carro que ele usa. Ele pretendia pô-lo a arranjar pois o dos pais, que ele está a usar, é muito pouco fiável para quem precisa de andar tanto de um lado para o outro como ele, no centro de uma grande cidade e é uma despesa incrível com combustível, incomportável para ele, não lhe convém mesmo. E porque queria pô-lo a arranjar para poder usá-lo, pediu-lhes que deixasse o carro e já levassem o deles uma vez que cá vieram hoje (por causa do contrato). Eles recusaram-se a fazê-lo argumentando que o carro mais novo é deles já que são quem o paga mesmo tendo-o cedido ao G. desde o início. Com argumentos completamente descabidos como saberem que o outro não presta e estarem-se pouco importando, dizerem que é para que o mais recente não fique como o outro que não querem que ele o use, para não o estragar (quando o mais velho é dos pais dele e se está estragado foram eles os responsáveis); pouco se importando se ele fica pelo caminho ou um dia acorda e não tem carro para ir trabalhar, quando mais precisa. Impressionante, chocante mesmo, para mim.

E amanhã (já) começam as aulas!

1 comentário:

  1. Realmente essa atitude dos pais dele não se entende...os meus pais eram incapazes de me fazer isso,não entendo.

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Obrigada pelas tuas palavras!

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