terça-feira, 12 de novembro de 2013

Foi assim:


Ele quis fazer-me uma surpresa e comprou bilhetes para o Michael Bubblè, para o meu aniversário, em Fevereiro. Não me contou nada, seria uma surpresa absolutamente deliciosa.
Acontece que eu lembrei-me de lhe pedir o extracto da conta para tentar perceber quanto é que eu tinha gasto e vi uma compra de 92€ na FNAC. Achei estranho e perguntei logo ao que ele me respondeu com um sorriso de mistério e qualquer coisa para evitar contar-me o que era. Eu percebi que seria uma surpresa, até me veio à ideia uma prenda de Natal e calei-me, ainda que me tenha apanhado desprevenida, sem saber como reagir ou o que pensar. Entretanto (logo depois) voltou-se ao mesmo assunto de sempre: os pais dele e a situação que o prejudica imenso que se arrasta há tempo demais!!! E não posso nunca ficar contente com isso, aborrece-mo-nos por isso e no meio da discussão ele vomita que os 92€ tinham sido para comprar os ditos bilhetes para o concerto. E o caldo ficou entornado. Deixou-me tão mas tão chateada aquela sua atitude. Se tinha decidido fazer-me uma surpresa por que é que de repente deita tudo a perder daquela maneira? 
Vieram ao de cima as memórias antigas do que foi uma relação sem surpreender o outro, de desgaste, de desinteresse ou, pelo menos, de não demonstração de preocupação/interesse.
Depois de o ter dito daquela maneira não tocou mais no assunto. Tive de ser eu, porque me estava a desfazer por dentro, que quando já estávamos deitados lhe perguntei porque tinha comprado os bilhetes e porque tinha desfeito a surpresa. Ele respondeu curto e virou-se para o lado impedindo qualquer discussão. Não contive as lágrimas e ele, passados alguns minutos, passou-me os lenços (ou seja, sabia que eu estava a chorar e foi aquilo tudo o que fez). Eu não aguentei aquela frieza e sai da cama para o sofá.

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