Ontem não saí de casa porque tinha de estudar. Mas como vontade para isso era a última coisa que descia sobre mim, vai de inventar de fazer tudo e mais alguma coisa ...para acabar por não estudar. Então dediquei-me (como já vem sendo costume nestas alturas) à culinária. Fui para a cozinha e pus pão a fazer: procura receita, vê medidas, arranja ingredientes, mede passo a passo, põe tudo lá para dentro e toca de ligar a máquina. Já que ia embalada, lembrei-me de pôr sopa a fazer e lá meti no fogão a maior panela da casa, descasquei mistura, meti tudo ao lume e deixei estar, mais o feijão verde à parte para juntar ao creme de legumes a que iria reduzir a sopa. Deixei lá ficar e foi estando. Mais umas horas passaram, para a frente e para trás, entre TV, net, sofá e gatos, lá fui novamente para a cozinha e comecei a descascar e cortar em pequenos pedaços maçãs para as aproveitar (que tinham sido dadas) que já quase não cabiam no frigorífico. Por pouco a maior terrina de ir ao forno não chegava. E o crumble ficou a meio porque tinha tirado bifanas do congelador e era melhor tratar delas para ter jantar pronto quando ele chegasse. Assim, fui à procura de uma receita com molho de mostarda e cogumelos (que nos tinham dado e também se tinham de usar rapidamente e ainda eram alguns) e inventei o resto. Alho, vinho branco, sal, (pouca) água, louro, alecrim, mostarda e bifes mergulhados, siga para o forno. Depois de algum tempo juntei os cogumelos laminados e queijo da serra ralado e lá ficou mais um bocado. Quando ele chegou estava pronto a comer, aprovou a invenção e as repetições e eu feliz da vida. Tirou ele o tabuleiro com a carne e substituiu-o o do crumble. Entretanto foi a uma aula e eu fiquei a estudar. Quando voltou a sobremesa estava pronta ...e deliciosa.
Foi muito menos tempo que estive enfiada nos livros mas a verdade é que só assim sou capaz de funcionar (de forma saudável). Pelo menos deu para descontrair e não pensar muito no que me esperava. O pior é que, depois, tive de estudar madrugada fora. Fazer o quê? Não há volta a dar, sou mesmo assim. E podia-me ter dado para pior, verdade seja dita. Saiu tudo tão bem!!! Oxalá o exame fosse igual ahahahah.
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