sexta-feira, 6 de março de 2015

A minha primeira inspeção

Salvo seja, que quem foi à inspecção foi o carro e não eu!
Ainda tinha tempo, que a validade da dita IPO era até mais de vintes deste mês mas, na quinta-feira passada, vá-se lá saber porquê, decidi que devia ir naquele dia tratar do assunto.

Meio a medo, sem saber muito bem como aquilo se fazia, lá fui eu, ao Centro que conhecia mais próximo. Quando estava a meio dos testes o inspector informa-me que o tubo do travão dianteiro direito acabara de partir-se (ou seja, estava sem travão de pé). Lindo, pensei eu! E levei algum tempo a perceber o que aquilo implicava.

O senhor que me atendeu foi atencioso e recomendou-me que chamasse o reboque, explicou-me o que aquilo implicava, quer no funcionamento do carro, quer na inspecção, pôs-me o carro fora da linha de testes e disse-me que ele tinha que ser chumbado. Além do travão, havia a questão de não ter os faróis de nevoeiro à frente (que já teve mas que, no acidente que tive perdi um e nunca mais encontrei um suplente) e, para estar sem eles, o botão tinha de ser desligado (instalação eléctrica mesmo). 


Ai a porra! Quando me dei conta de tudo o que aquilo implicava nem queria acreditar. Bolas, que tinha de me acontecer logo nesta altura que tive tantas despesas, que tinha tanta coisa dentro do carro (incluindo um candeeiro de tecto!), que ainda ia ter de gastar mais dinheiro e que lá ia ficar sem o carro... Mas depois sosseguei a alma: podia ter acontecido no meio da rua, enquanto eu estava a conduzir e foi uma grande sorte ter sido ali, nas "mãos" de outra pessoa com maior experiência que eu.

Lá foi o carro de reboque novamente para o mecânico (e eu de boleia no mesmo, reboque). Quando deixei o carro na oficina, o mecânico avisou-me logo que só no dia seguinte é que podia fazer alguma coisa. E vai de pegar num saco e encher com as coisas mais importantes a tirar do carro e carregá-lo para casa.

No dia seguinte à hora indicada lá estava eu para ir buscar o carro mas, como seria de esperar, não estava pronto, que o material só chegava passado mais de duas horas. Nada mais me restava senão esperar resignada. 

Quando finalmente me entregou o carro (em troca de SETENTA euros! Raio de tubos caros!!!) pus-me na alheta que tinha de fazer muita coisa antes de tentar novamente resolver o assunto. Então fui às compras (que precisava de fazer!), fui levantar uma encomenda enorme de livros (fotocopiados) e fui a casa descarregar tudo. Em duas viagens de 3 andares e meio de escadas estava tudo em casa. Nisto já eram 17h. Liguei para o Centro de inspecções para saber até que horas estava aberto e lá fui eu. 

Como não tinha percebido muito bem o que tinha de fazer aos faróis de nevoeiro nem qual era a anomalia, resolvi esclarecê-la primeiro e depois fui fazer o teste e achei que estava bom para passar na inspecção. Depois de pagar a re-inspecção e estar na linha de testes novamente o inspector mostrou-me que afinal não e estava tudo igual - porque eu não tinha percebido que tinha MESMO de desligar o botão dos faróis de nevoeiro da frente pois, se assim não for, os faróis de trás ligam em mínimos e não somente em médios como deveriam.

Mas o inspector foi compreensivo, expliquei-lhe que tinha percebido mal e o porquê de não ter faróis à frente (não encontrar um para lá depois de ter procurado imenso e serem muito caros na marca) e ele pareceu-me que ia deixar a coisa passar na condição de eu procurar arranjar o farol. Isto porque os inspectores com quem falei nem sabiam dizer-me se era possível desligar só um dos botões sem prejudicar o outro e se desligar aquele botão não significaria que mais tarde, querendo voltar a activá-lo, fosse possível!

O carro teve de voltar a passar pelos restantes testes e quando estava no fim o inspector veio dizer-me que os tubos do travão estavam sim mudados mas que um deles não estava bem montado. OH Valha-me Deus! Eu voltei a ver a minha vida a andar para trás. O homem percebeu a minha aflição e disse-me "Consegue ir ao mecânico trocar isto e vir cá amanhã de manhã para eu não ter de a chumbar outra vez?". Eu disse logo que sim, que ia tentar e fui logo dali para o mecânico.

Se ele lá estivesse tinha dado tempo a voltar ao centro de inspecções ainda naquela tarde mas ele não estava, estive mais de meia hora à espera que voltasse e pronto, só no dia seguinte é que consegui lá levar o carro e finalmente (à terceira foi de vez!) lá o carro passou na inspecção. Sábado às 8h da manhã lá estávamos nós na linha de testes à espera do inspector do dia anterior. Grandes aventuras!

1 comentário:

  1. Realmente é só peripécias...
    Mecanicos e carros mais antigos é sempre complicado...

    Para desligares o interruptor como te disseram tens mesmo que estragar o interruptor, ou então troca-lo por um de um carro que não tenha faróis de nevoeiro à frente... Gasto por gasto acho que te compensa mais comprar o farol... Se quiseres manda-me um mail com os dados do carro e eu vejo em quanto te fica por aqui... Como na empresa temos uma frota grande costumamos conseguir esse tipo de peças a bons preços...

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Obrigada pelas tuas palavras!

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