terça-feira, 5 de maio de 2015

O nosso combinado.

Pois é, a aquisição mais dispendiosa do nosso lar mas também uma das mais aguardadas e necessárias para nós. 
Temos um frigorífico antigo, comprados em segunda mão há uns três anos, por 70€ - na altura em que a minha mãe se mudou para cá. Pouco depois, quando o G. foi morar para o T1 acabou por ficar com ele (por 50€). Tem funcionado na perfeição e sido muito útil mas o seu congelador é pequeno demais para nós. É que eu adoro aproveitar as coisas em promoção e congelá-las já prontas a usar, ainda para mais consigo tirar partido do que a minha mãe traz do trabalho (coisas que seriam para ir fora por não estarem em condições de serem vendidas) congelando-as e isso é uma grande, grande ajuda na nossa economia doméstica.


Pois que já há muito tempo que o desejo de aumentar o congelador vivia por cá. A primeira ideia foi comprar uma arca mas depois lembrá-mo-nos de que o frigorífico que temos já tem uns aninhos, não sabemos quanto tempo mais durará e não nos agradava a ideia e o risco que correríamos se comprássemos uma arca e passado algum tempo tivéssemos de comprar também um frigorífico porque o que tínhamos avariar. Assim, estava decidido: a melhor opção para nós era comprarmos um combinado. 
Tínhamos algumas exigências: a eficiência energética tinha de ser razoável, bem como o gasto anual de electricidade simpático; não poderia ter um congelador pequeno, tinha de ter uma capacidade razoável também e este foi o aspecto que mais nos importou sempre; e tinha de ter um sistema de frio que impedisse a formação de gelo (no frost). Além disto tudo, o principal era ter um preço acessível, que pudéssemos pagar. Vimos muitos, procurámos, pesquisámos, tentámos informar-nos. Fomos a várias lojas, vimos várias promoções mas implicava sempre um grande esforço económico para nós e não o conseguíamos fazer caber no orçamento mensal, ora por isto, ora por aquilo. Fomos esperando. Não havia volta a dar.

Mas na semana passada tivemos uma grande ajuda, o empurrãozinho que precisávamos para fazer a coisa acontecer. A minha avó, num dos dias que esteve cá em casa, quando estávamos sozinhas, chamou-me ao quarto onde ficou e pôs-me duas notas (de 50€) na mão. Disse-me que era para nos ajudar, "para uma necessidade - disse - ou a comprar uma chaleira eléctrica, ou o combinado, o que vocês precisarem". Eu não queria aceitar, era uma quantia considerável e não gosto que ela, para além de se ter de preocupar com ela, com todas as suas despesas e encargos, de olhar pela minha mãe e pelas minhas primas, também gaste o seu dinheiro comigo. E disse-lho. Ao que ela me respondeu "ninguém me está a pedir nada, eu só dou porque agora posso e porque quero" sem deixar mais espaço para argumentações. Eu agradeci-lhe muito e disse-lhe que seria então para o combinado e que era uma grande ajuda. Isto só podia significar que era aquele o momento e tínhamos de resolver aquele assunto de uma vez por todas.

O feriado foi, portanto, passado de loja em loja a procurar e confirmar a ideia que já tínhamos. Logo na primeira loja, à qual fomos por acaso, vimos o que procurávamos, com um preço simpático e uma campanha promocional que nos oferecia um desconto extra. Era aquele, não haviam dúvidas mas antes de o comprarmos quisemos verificar em todas as outras lojas se aquele valor e equipamento estavam realmente bons ou se, pelo contrário, haviam melhores condições noutro lugar. Corremos tudo o que conseguimos e no final, já de consciência tranquila, mais certos e seguros da nossa escolha, voltámos à primeira loja a fazer negócio. Comprá-mo-lo, como queríamos, a pronto, a um preço muito simpático e, apesar de sabermos que, por isto, os próximos tempos serão muito apertados financeiramente, temos o assunto arrumado e nada nos deixaria mais satisfeitos do que isso. Menos uma (grande) preocupação e objectivo a cumprir. A ajuda da minha avó foi fundamental mas parece que era de propósito, terem aquele preço no combinado que já antes nos tinha ficado debaixo de olho e ainda a campanha promocional quando lá fomos. Tudo conspirou para que acontecesse! 


E esta manhã vieram entregá-lo! Está ali, depois de ser carregado por três andares altos, a braços por dois homens, e, a custo, enfiado pela cozinha estreita no lugar que lhe estava guardado.

1 comentário:

Obrigada pelas tuas palavras!

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