domingo, 26 de agosto de 2012

Que tristeza me assombrou

Ontem foi um dia cheio, muito cheio. Sai cedo de casa com a minha irmã. Fui fazer prova de uma das roupas do desfile, fui pô-la ao trabalho e segui para o meu, cheguei mesmo na hora. À hora de almoço tinha de ir buscá-la para comermos juntas, o T. foi ter comigo e apanhou-a, comemos todos juntos. Já não o via há imenso tempo, talvez desde o verão passado...! Foi pouco tempo mas combinaremos algo com mais calma brevemente. Voltámos ao trabalho, eu e a minha irmã e despedi-me do T. com a promessa de nos vermos novamente antes de eu me ir embora. O trabalho custou-me um bocadinho...estive a tentar vender um produto que estava em promoção mas as pessoas não apareciam e quando apareciam dizia o mesmo de sempre, que não tinham dinheiro. Entediante. 


Lá chegaram as 18.30h e vim-me embora, direitinha ao local do desfile. Mais provas e provas, ensaios e técnicas de coreografia...o costume! Depois passaram-se as horas entre roupas e cabelos, maquilhagem e jantar, ensaiar. Começou depois da hora (22.40h talvez) e acabou antes da meia noite todo o espectáculo. Fui ao carro buscar o que tinha para doar (roupas, roupas e roupas) e deixei no local, despedi-me da K. e meti-me no carro.

Era um desfile de solidariedade, para angariar fundos para as vítimas dos incêndios cá. O jantar com bar aberto custava 25€ e quem não jantasse não via o desfile. Nós só lá estávamos como pretexto para encher o restaurante. Depois, quem quisesse e pudesse, levava alimentos, lençóis, roupas, etc para doar, deixando-os lá. Foi o que fiz porque 25€ para jantar não há quem dê na minha casa, ninguém foi ver-me, portanto.

Sai de lá aborrecida com a organização daquilo tudo. As pessoas que deviam colaborar são as que mais confusão arranjavam e complicavam e não ouviam quem de direito. A um certo ponto já ninguém se entendia e foi uma grande mixórdia. Mas a intenção era boa e ninguém é perfeito, pode sempre ser melhor, não correu nada mal. O melhor é que o dia tinha corrido, escapado e estava no fim, isso é o que eu preciso para me aguentar até sair daqui para Lisboa.
Mais me convenci que esta vida não é para mim e já não estou para estas andanças tendo, por outro lado, reforçado as minha paixão pela área. Um misto de sensações.


Meti-me no carro pronta para voltar a casa, exausta. Talvez por isso fui assolada por uma imensa e súbita tristeza que me levou às lágrimas compulsivas que não queriam parar durante toda a viagem. Só eu, a estrada e a música, de regresso a casa, a ver diante dos meus olhos passar toda a minha "conjuntura familiar". Que tristeza...maior que eu mesma. E a saudade que não me larga nem por um segundo, do homem que quero para mim e não tenho perto.

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