Pois que era sexta-feira e tínhamos condições para fazer tudo e mais alguma coisa mas não é fácil com o cansaço e pouco dinheiro...a juntar alguma rabugice (vá-se lá saber porquê estivemos estranhamente azedos um com o outro e fartámo-nos de discutir)...a coisa complica-se.
Não tive aulas e passei o dia todo a tratar de assuntos diversos. Ao final da manhã a minha mãe ligou-me a dizer que tinha muito pão lá no trabalho por um engano a cozê-lo e que mo dava se eu lá passasse. Assim acelerei a saída de casa e passei por lá. Eram três sacos de pão e lá fui eu sem saber muito bem o que lhes faria - em última hipótese não se perderia porque o podia torrar e guardar.
Estive na faculdade a organizar ainda horários do novo semestre, fui às compras de fim-de-semana e fui ter com o meu pai. De regresso apanhei imenso trânsito e portanto demorei imenso.
Fui para casa do G. esperar que voltasse do trabalho e comecei a fazer o jantar.
Foi na cozinha que soube o que fazer ao pão: sandes para dar aos sem-abrigo. Lá pus mãos ao trabalho e pus uma fatia de fiambre/mortadela em cada pão, separei e embrulhei um a um. No final tinha um saco grande cheio de sandes que, depois do jantar, fomos distribuir pela baixa da capital.
Deviam rondar as 30 sandes. Chovia a potes e naquelas zonas era difícil estacionar por isso eu conduzia e o G. entregava-as a quem improvisara uma cama na rua ou, em alguns lugares, abriam-se os vidros do carro para as estender a quem arrumava carros.
Restaram-nos três sandes mas já eram 23.30h e nós queríamos ir ao cinema por isso saímos dali direitos ao centro comercial para a última sessão. Lá decidimos ver uma história de amor: Endless Love. Decorria uma promoção para aquele filme e só pagámos um bilhete, indo os dois.
ENDLESS LOVE conta a história de um amor puro, adolescente, genuíno e inocente, com toda a força da juventude e do primeiro romance. Tocante. Muito emocionante, uma história quase banal de amor impossível que, a páginas tantas, parece acabar mal e que ficarão separados para sempre. Uma reviravolta inesperada e tudo muda, voltando ao sítio, ao lugar ideal. Gostei muito do filme.
Com Alex Pettyfer e Gabriella Wilde (miúda gira que se farta), o filme é um remake do original de 1981 com Brooke Shields e Martin Hewitt embora, ao que parece, com algumas alterações. O filme romântico ideal para o dia dos namorados que nos relembra que o amor é sempre mais forte desde que verdadeiro e que tudo pode, contra o que quer que seja.
Gostei muito do filme. A história é linda e recomenda-se! Passei-o quase todo a chorar - não sei muito bem porquê mas talvez tivesse directamente ligado à crise de choro que tive nessa noite, quando voltámos (basicamente não parei de chorar).
Apesar de tudo não queria ter passado o dia com nenhuma outra pessoa no mundo. E, olhando agora para o que fizemos, reconforta-me a alma termos tido a oportunidade de fazer algo por quem precisa, juntos. Foi, por isso, um dia especial!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pelas tuas palavras!