terça-feira, 26 de julho de 2016

Relativizar, Mudar e Melhorar

Estou cansada. Este calor faz com que eu tenha de fazer um grande esforço para me manter activa e motivada. Acho que o cansaço já está estampado na minha cara. Têm sido dias, semanas, meses, difíceis  e o acumular disto tudo já se faz notar.
Tenho tentado mudar a minha postura há já algum tempo, para conseguir ver o lado bom das coisas, encarar positivamente aquilo que acontece na nossa vida e ser mais agradecida por tudo o que tenho. No fundo trata-se de um trabalho interior, demorado e que só depende de mim por isso faz com este seja um processo em desenvolvimento ou construção (como lhe queiram chamar) para mim. Acredito mesmo que esta mudança de atitude tem tornado a minha vida melhor mas ainda estou no início e ainda existe muita coisa que me afecta mais do que deveria.
Tenho ainda muito trabalho pela frente em relação à paciência, à compreensão e ao não ter pavio curto com pequenas coisas insignificantes mas que me irritam solenemente. Não posso deixar que isso aconteça. Afinal, trata-se tudo de uma questão de perspectiva e relativismo. Mas é difícil mudar de um dia para o outro, são coisas que nos estão entranhadas e por isso têm de se transformar gradualmente, aos poucos e com algum esforço.
Ainda que já note melhorias no meu comportamento e na minha atitude, há dias em que só me apetece fugir para o meu canto e chorar desalmadamente. Porque não compreendo o porquê das coisas, porque não sei o que fazer e porque me sinto só nessa minha aflição. Não é verdade que eu esteja só nem é verdade que o que se passa na minha vida seja horrível. Considero-me abençoada por tudo o que tenho a honra de ter nos meus dias, pelas coisas boas, pelas pessoas especiais, pelos dias que vivo, pelas rotinas, pelo que é diferente,... há muito mais coisas boas e pelas quais devo agradecer do que aquelas que me atormentam e preocupam. Mas ainda sou muito assim: dou ainda muito valor às coisas que não são do meu agrado, às adversidades, aos obstáculos e às provações. No fundo, às "pequenas coisas" às quais só devemos dar a importância que merecem. E eu dou-lhes muito mais do que elas merecem, na verdade. Aflijo-me, choro, sofro, preocupo-me, questiono-me e sinto-me completamente perdida. E isso é uma bola de neve às vezes.


Tudo isto para dizer que os últimos tempos, as dificuldades associadas ao estágio e ao meu quotidiano, a incerteza quanto ao futuro profissional, a falta de dinheiro porque não tenho qualquer remuneração ou rendimento, os problemas dos que me são queridos, o depender ainda da ajuda de terceiros, o tempo a passar, as pequenas coisas do dia-a-dia...têm-me consumido. E se há dias em que a minha postura é a de que isto é passageiro e tudo faz parte do meu /nosso caminho, há outros em que é demasiado frustrante, em que me sinto de impotente, de pés e mãos atados e nos quais não consigo ver além dos obstáculos.

3 comentários:

  1. Não te preocupes, nada é definitivo e aa coisas vão melhorar! Eu acredito ;)
    Beijinho
    The-not-so-girlygirl.blogspot.com

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  2. Há fases mais complicadas... Mas é isso: pensamento positivo! As coisas vão melhorar!

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  3. E ainda assim vais casar?
    Admiro-te a esperança :)
    Essa nunca pode morrer. Por vezes, mais dos que as que gostaria, sinto o mesmo desalento mas estás certíssima numa coisa: procurar ver as coisas com optimismo é bem mais saudável que olhar tudo com pessimismo. Não sei da tua situação profissional, mas se estás num estágio pós-licenciatura não desanimes. Enquanto se é jovem tudo está muito aberto. Não desistas. A vida vai correr bem!

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Obrigada pelas tuas palavras!

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