Acredito, começo a criar a certeza, de que eu estou só de passagem na vida dele. Que é essa a minha única função para com ele: passar pela sua vida, lembrá-lo de muita coisa, baralhar um pouco o seu mundo certo demais, criar medos e inseguranças que ele já tinha esquecido, fazê-lo sentir de novo coisas maravilhosas e fantásticas, opostas e contraditórias.
Quase posso afirmar convictamente que se esquecerá de mim não tarda mesmo eu tendo sido importante. Quase aposto que daqui a nada nem me falará, não me vai ver e muito menos sentirá a minha falta. Mas eu sei que significarei algo para ele. Não sei ainda o quê concretamente mas sei que só estou de passagem na sua vida, que o que vivemos é passageiro. Sinto que está já a deixar a minha vida e a fechar-me a porta aos seus segredos mais bem guardados.
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