domingo, 21 de outubro de 2012

Mais um sábado preenchido

Foi dia de ajudar uns amigos em mudança, colegas do Banco. Éramos três casais de diferentes faixas etárias. Levantámos cedo, ainda nem 8h eram, depois de termos estado até tarde a preparar legumes que tínhamos comprado na sexta para congelar. Estivemos a carregar muita coisa, enchemos uma carrinha, fizemo-nos à estrada. Duas horas depois tínhamos chegado à casa da I. E que bela casa! Ampla, enorme, com pormenores tão giros e com espaço, muito terreno à volta para cultivar e aproveitar. O tempo foi nosso amigo: apesar do frio não choveu. Descarregámos tudo e foi hora de almoçar.


Muita partilha de ideias e memórias, troca de recordações e histórias. Uma conversa agradável, um cruzamento de gerações: éramos nós os "novos", o casal jovem já pelos 30/40 anos e os veteranos donos da casa. 
Esteve-se mesmo bem. É raro (sim, sou estranha talvez) encontrar pessoas que pensem como eu, que tenham tido uma educação como a minha, nas coisas mais simples e básicas da vida. Que tenham uma perspectiva semelhante das coisas, que saibam o que é passar por dificuldades, efectivamente e não tenham tido uma história de vida não cor-de-rosa e floreada pela sorte de ter possibilidades. Que passaram apertos, não viveram luxos mas, com empenho, trabalho e pensamento positivo, levantaram cabeça e andaram com a vida para a frente, criaram filhos e conquistaram tudo o que têm. São pessoas que admiro e com as quais me identifico... quase que penso "Finalmente, pessoas reais!" ou pelo menos parecidas comigo
A mim, são estas pessoas, que me fazem acreditar. As suas experiências e relatos mostram-me que tudo é possível, que os obstáculos podem tornar-nos tão melhores pessoas, que é permitido sonhar mesmo quando parece tudo uma miragem lá longe, que não há que baixar os braços ou desanimar porque apesar de tudo, se tivermos do nosso lado aqueles que amamos (sejam amigos, amores, família...), fé e dedicação, tudo podemos! Vim de coração cheio.


Depois do almoço fizeram-nos uma visita guiada pelo quintal enorme e horta que têm e até nos deram algumas coisas (legumes, fruta e ervas aromáticas) - até duas plantas para cultivar!
Viemo-nos embora pelas 15.30h porque o G. trabalhava. Depois de termos deixado um dos casais e passado a comprar pão. Enquanto se vestia preparei-lhe sandes que levou para o lanche/jantar, fui pô-lo, entrou às 19.30h. Estive em casa dele a por em vasos (improvisados) o que era para plantar e a arrumar o resto. Cozinhei o nosso jantar e sai para ir buscá-lo por volta das 23h...estive a ver lojas e à meia noite fui para o carro esperar que ele saísse. Só se despachou depois das 2h, já não aguentava mais esperar e só rezava a todos os santinhos para que não demorasse mais...estava cansada e farta de esperar ali fechada há tanto tempo, sozinha. Quando chegámos, àquela hora a casa é que jantámos e deitámo-nos logo. Estávamos completamente exaustos.

1 comentário:

Obrigada pelas tuas palavras!

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