quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nós e as nossas "cruzes"

Entretanto a azáfama das aulas já recomeçou, na segunda feira.
Reencontrei uma colega de secundário que, apesar de se ter licenciado no mesmo que eu, o fez noutra faculdade e agora, em mestrado, veio para a minha. Até sabe bem, uma vez que agora as aulas são sempre com poucas caras familiares.



Esta semana ainda é para apalpar terreno e fazer ajustes ao que irei ou não fazer para que possa organizar atempadamente. Não está fácil conjugar horários com ele mas temos feito um esforço.

O G. tem andado muito preocupado e aflige-me vê-lo assim. Foi muita coisa ao mesmo tempo. Estava em conversações para um trabalho desde antes das férias, acabou por alimentar esperanças depois de lhe terem dito que contavam com ele para este ano lectivo mas quando chegou a hora de conversar sobre o que é necessário: condições, horário e onerário revelou-se uma grande decepção. Mais que isso, a proposta que lhe fizeram era uma autêntica vergonha. Ele é técnico superior, trabalharia 11h diárias para ganhar 245€ mensais brutos (mais o que desconta para a SS).
Como é óbvio ele não pode aceitar e desde então que recomeçou o calvário da entrega de CV's desenfreada e procura de ofertas de emprego. Ele está desanimado porque já conseguia, finalmente, vislumbrar um trabalho na sua área, a tempo inteiro, tranquilo, estável e seguro, para poder sustentar-se, manter os estudos e a casa e deixar o trabalho em part-time precário que tem.
O agora é altura de medo e incerteza. Não sabe se consegue manter-se com o trabalho que tem, nem como pagará as contas nem a faculdade com pouco mais de 300€/mês. Arranjar forças para enfrentar esta realidade todos os dias (de um trabalho para o qual não está destinado nem é da sua área) é cada vez mais duro para ele.
O gato agora deu-lhe na cabeça de fazer sempre, todos os dias, várias vezes, cocó fora da caixa e já não sabemos o que fazer para que ele pare com a brincadeirinha de mau gosto. Já começa a preocupar a sério.
Além disto, ele tinha requerido um subsídio parcial, há mais de um mês e nada lhe diziam, mesmo depois de várias idas à SS e reclamações. Hoje conseguiu, por fim, que voltassem a pegar no processo dele que tinha injustificadamente sido arquivado. E disseram-lhe que no próximo mês começaria a receber!



Esta semana efectivámos algo que já vínhamos pensando há algum tempo, a nossa saída do grupo. Infelizmente e com muita pena minha (que adoro cantar e estar envolvida num grupo do género), estar no coro, passou a ser uma despesa extra, algo que fazemos por prazer não pode representar tanto esforço financeiro da nossa parte. Neste momento não o podemos continuar a suportar... Comunicámos por email a nossa demissão aos representantes e para já assim ficou.

Por agora, há mais coisas me preocupam: não sei se terei bolsa este ano e dependo dela para me manter a estudar neste novo ciclo; e a viagem de Natal a casa já começa a preocupar-me (preços e datas, articuladas com ele...está complicado).

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