O G. vai passar o dia de Natal com os pais e a irmã, na casa deles, só eles os quatro, como tanta questão fizeram. Eu compreendo que ele queira passar esta época com os seus, também eu o queria mas resolvi ficar cá este Natal e não posso evitar sentir que quase foi em vão. Ele não se cansa de me dizer que podemos passar todo o restante tempo juntos, que escolheu passar comigo a consoada e com os pais o dia por achar que para mim o mais importante era a Missa do Galo e, portanto, o dia 24. Eu posso só estar a fazer birra mas não me conformo, não sou capaz de me conformar com o facto de passar sem ele o dia 25 quando fiquei em Lisboa para não estar sem ele. É ridícula esta situação!
Tal como não consigo evitar sentir que não sou suficiente, que nada do que fiz foi suficiente. Contra todos os meus ideais e intenções, decidi morar com ele, sem termos nenhum compromisso além de um "simples" namoro. Não critico ninguém que pense diferente mas para mim era importante ser diferente. Sempre sonhei casar primeiro e só depois disso morar com alguém mas as circunstâncias conduziram a outra decisão - a de morarmos junto já. Ainda assim, para os pais dele isso parece nada significar, não nos levam a sério, até parece que isto é alguma brincadeira, a de morarmos juntos e fazermos uma vida em comum. Como é que isto é possível.
Toda a minha família, que sempre foi e considerei conservadora, tendo em conta o que se passa, tiveram uma atitude verdadeiramente surpreendente (até e, principalmente) para mim, que pensei que pudessem não achar prudente ou lhes custasse a aceitar a minha decisão. O meu pai, pessoa mais difícil que conhecia, foi o primeiro a ter a iniciativa de dizer "Mas tu também querias estar com o G., o papá compreende isso!". Mal podia acreditar nas suas palavras, mas é verdade, não alucinei, isso aconteceu mesmo. Aliás, foi esse gesto que me fez ter a coragem de ficar cá, com o G., este Natal. Porque se até para o meu pai pareceu aceitável e lógico...mesmo sendo a pessoa que mais me quisesse ter lá nestes dias...como poderia eu achar que não era possível ou justo para a minha família?
Enfim, tudo isto me magoa e o Natal que pensei ser o mais especial de sempre, será com certeza, sem sombra de dúvidas, triste para mim. Porque, tendo ficado em Lisboa e estando cá no dia 25, não estarei com o motivo da minha decisão de cá ficar: ele. Porque foi obrigado a dividir-se e decidiu estar com a sua família.
Oh pá que situação chata possas ..
ResponderEliminarAcho que ele também não agiu muito bem, tento tu ficado de propósito com ele.
Agora querida, força !
Tira uns dias depois para ires ter com a tua família.