segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O casamento em que apanhei o ramo

O casamento da minha prima foi lindo mas, pelo título, vocês já sabem qual foi o ponto alto da noite. 
Grande parte da minha família paterna esteve reunida, o que faz com que a bom disposição e diversão estejam garantidas. É sempre uma alegria! A minha prima estava linda, os dois (noivos) estavam emocionados e felizes, a cerimónia foi bonita, a decoração estava simples, detalhada, elegante e muito gira. Tudo estava organizado e com muito bom gosto, a comida era óptima. Também não descuraram a animação e tinham uma banda a tocar ao vivo, fizeram questão de preparar momentos especiais e preocuparam-se em saber se os convidados estavam a gostar.
Pouco depois de me sentar no salão do jantar tive um azar. O meu vestido lindo levou com uma bebida em cima, a empregada entornou-a nas minhas costas. Confesso que fiquei logo amuada, estava tudo a correr tão bem, tinha alguma coisa de vir estragar... Mas lá aquilo acabou por secar, eu deixei de me importar e só espero que não manche. Também a dor de cabeça que me incomodava acabou por passar depois de uma ajudinha. 


Dançámos o que os meus sapatos permitiram, rimos muito, tirámos fotos, comemos bem, estivemos com muita gente com quem não podemos estar frequentemente, conheci a minha prima mais nova que é uma doçura e celebrámos a união do amor. Os noivos cantaram juntos para os convidados e notou-se que dedicaram algum tempo aos pormenores amorosos que fizeram a diferença - a sobrinha da noiva, bebé, entrou na igreja num cestinho puxado pela menina das alianças que anunciava a entrada da noiva, as damas de honra (5) estavam mesmo giras, o copo d'água tinha música ao vivo, num ambiente íntimo e meio descontraído, haviam as já conhecidas plaquinhas com piadas ou frases giras e outros acessórios para animar as fotos dos convidados. As fotos com os esposos foram no jardim e nessa altura deram-nos a lembrança do casamento - uma vela perfumada deliciosa para as senhoras e uma garrafinha de vinho para os senhores. A equipa de imagem fez um trabalho incrível , estando presente sem incomodar, muito profissionais e disponíveis, conseguindo apresentar durante o jantar um vídeo-reportagem do casamento. O serviço e a comida estavam óptimos também - tirando o percalço com a bebida entornada em cima de mim mas são coisas que acontecem, sei-o perfeitamente, até porque também eu já entornei bebidas em clientes. A banda ao vivo era muito boa mesmo e fez a diferença. O tema do casamento eram os castelos, ela era a rainha e ele o rei, o bolo era a Torre de Belém, cada mesa era um castelo ou monumento a isso e a eles ligado, quando cortaram o bolo e lançámos os balões acenderam um coração em chamas no jardim.
A festa avançou com o corte do bolo, fogos de artifício e lançamento de balões cintilantes no céu escuro. Apesar do tempo estar muito instável e ter chovido nesse dia, durante o casamento o São Pedro colaborou e não choveu sendo uma noite fantástica, apesar de estarmos num local alto onde costuma ser bem mais fresco. 


Como já se prevê que fosse considerada a próxima da família a casar, na altura de apanhar o ramo da noiva não quis pôr-me muito a jeito, a ver se escapava. Pus-me a um canto mas a noiva mandou-nos para o centro das solteiras e eu enfiei-me lá para trás. O ramo foi lançado, bateu-me na perna e caiu-me aos pés. Como às vezes aquilo mais parece uma guerra por um tesouro e todas se atiram ao mesmo tentando arrancá-lo das mãos das outras eu mantive-me quieta já que a rapariga ao meu lado esquerdo se baixou para o apanhar. Para meu espanto apanhou-o e deu-mo para a mão. Quando dei conta já estava o salão todo a rir-se, bater palmas, em euforia e a noiva vinha ter comigo para me cumprimentar. Depois das fotos e de passar pela família de regresso à minha mesa nem acreditava que tinha ficado com o ramo da minha prima.
Mas não se ficou por ali! Chegou a vez dos rapazes solteiros tentarem a sua sorte a apanharem a liga da noiva, que o noivo lançava. O G. não deu hipótese a mais ninguém. Não bastava ser o mais alto e estar à frente pelo que nada passava por ele, também fez questão de se atirar a tudo o que voava naquela direcção (ele foram preservativos, guardanapos e só depois a liga), qual guarda-redes internacional. Mais ninguém teve hipótese, foi como se só ele estivesse lá. Estava tudo a assistir à exibição e, claro, veio ter comigo de liga na mão! Ahahahaha o que nos rimos!

Depois de oito anos juntos, o mais novo casal da família celebrou o seu amor unindo-se. Que sejam felizes para sempre porque, como disse o padre, "nós nascemos para a felicidade, o ser humano existe para ser feliz"!


Viemos para casa às 2.30h mas só para mudar de roupa e seguir para o arraial ao qual sempre fui, todos os anos da minha vida excepto no ano passado. Pela primeira vez o G. podia ir também e nem a chuva (também pela primeira vez que fui) nos impediu. Fomos à igreja do Senhor Bom Jesus e , resignados, voltámos para casa. Uma hora de caminho para cada lado, mais uma lá passada, eram quase 7h da manhã quando fomos finalmente dormir.

O G. fez um grande esforço para estar comigo neste casamento, o fim-de-semana cá custou-lhe caro e várias horas para lá e para cá. Mas foi tão especial tê-lo comigo, connosco naquele dia. Apesar de ter o monstro da tese a assombrar-me o pensamento e a pesar-me a preocupação consegui abstrair-me por alguns momentos e divertir-me efectivamente. Foi tão bom! E eu não podia ter sido mais mimada por ele que me disse vezes e vezes sem conta que era/ estava linda e deslumbrante ahahaha.


1 comentário:

  1. Que bom saber que foi assim maravilhoso! Parece que se divertiram e aproveitaram e realmente isso é o mais importante... E claro que terem apanhado o ramo e a liga foi bem engraçado! ;)

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Obrigada pelas tuas palavras!

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