segunda-feira, 7 de maio de 2018

Dia da Mãe dividido


Para nós, infelizmente, nem sempre é fácil estarmos com ambas as famílias em dias festivos. Além de termos as famílias distantes, a família do homem é reticente e muito pouco flexível na questão da celebração de dias especiais - tem de ser tudo à sua maneira e não há margem para grandes alterações ao que "sempre foi assim". 

Este ano (o sexto que passamos juntos) foi finalmente diferente! A minha mãe agora que tem namorado disse-nos que ele iria almoçar com a mãe dele e irmã e que se quiséssemos podíamos juntar-nos a eles. Se não nos sentíssemos confortáveis (não conhecíamos nenhuma das pessoas, além do namorado dela), poderíamos ir só os dois com ela, almoçar a algum lado ou passear, o que fosse. Nós não tínhamos plano concreto e a minha mãe é sempre tão indecisa, ou melhor, nunca decide nada, e chegámos à conclusão que não fazia sentido não irmos com o namorado dela sem ter uma alternativa concreta. Assim sendo, juntá-mo-nos a eles.
Isto porque a minha sogra convidou-nos para irmos a casa dela lanchar. Eu achei até estranho mas como costumamos lá lanchar ultimamente e não almoçar ou jantar, pareceu-me natural e até facilitou a organização do dia. 

Ontem assim foi: fomos almoçar com a minha mãe e a família do namorado e lanchar com a família da mãe do marido. 
Foi a primeira vez que me recordo de ter passado o dia com o meu homem e com as nossas duas famílias, sem termos de nos separar para isso, por capricho deste ou daquele. Quando estávamos em casa da minha sogra ela por fim confessou que tinha decidido que este ano o almoço deveria ser com a minha mãe e não com ela porque no ano passado a minha mãe "deixou" que estivéssemos os dois em casa dela e o dia fosse como ela determinou. Por esse motivo, por ter achado que tinha sido um gesto louvável da minha mãe, quis que este ano fosse a vez dela. Eu não sabia de nada disto até ela nos ter dito ali, naquele momento e penso que ele também não tinha sido esclarecido nestes detalhes quando a mãe lhe disse para irmos lanchar.
Se por um lado ainda me custa que ela se sinta no direito de determinar ser assim ou assado por este ou aquele motivo, tenho de dar a mão à palmatória e, - apesar de ter feito questão de o dizer para que todos soubessem que foi por ela permitir e por ela achar que devia ser assim - agradecer que pelo menos uma vez ela tenha consciência do que a rodeia, que somos dois, que ambos temos família e não só um e que não demos de nos separar mas sim dividir estando com todos sempre que possível. Finalmente um dia de festa sem drama e sem nos termos de separar. Um passo de cada vez! Para mim isto já foi uma vitória.

2 comentários:

  1. Essas situações são sempre complicadas de gerir, mas ainda bem que conseguiram chegar a um meio-termo :)

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Obrigada pelas tuas palavras!

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